Grupo utilizava anúncios falsos em plataformas de venda e até simulavam concessionárias. Golpistas sumiam após receber Pix das vítimas, e prejuízo chega a R$133 mil
Um homem de 27 anos foi preso, acusado de ser o principal articulador de um esquema de estelionato. O suspeito participava de um grupo que utilizava anúncios falsos em plataformas como Facebook, Instagram, OLX e TikTok, no quais ofereciam veículos com valores abaixo do praticado no mercado para atrair consumidores.
A investigação revelou uma estrutura altamente organizada. As vítimas eram recebidas em locais que simulavam uma loja de veículos legítima, completa com vendedores e “pátio” para a negociação. O grupo exigia o pagamento de um valor de entrada, geralmente via PIX ou boleto, sob o pretexto de dar andamento ao suposto financiamento.
Em seguida, uma ligação falsa, apresentada como sendo do banco, orientava a vítima a responder “sim” a todas as perguntas. Essa gravação era usada, posteriormente, pela quadrilha para justificar a retenção do dinheiro. O financiamento jamais era solicitado às instituições financeiras. Após o pagamento da entrada, os criminosos cortavam o contato, alegando que o “crédito havia sido negado”.
Prejuízo e apreensões
Até o momento, a 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) identificou ao menos oito vítimas do grupo. O prejuízo total soma R$ 133.450. A PCDF representou judicialmente pelo bloqueio e sequestro deste valor, com objetivo de reaver os valores e estrangular a estrutura financeira do grupo.
Durante as buscas, a polícia apreendeu celulares, notebooks, chips telefônicos, máquina de cartão e documentos. O material será analisado para aprofundar a investigação, identificar a movimentação financeira do esquema e localizar outras possíveis vítimas.
A 31ª Delegacia de Polícia destacou que, quando pressionados, os envolvidos encerravam rapidamente as operações, mudavam a fachada e o nome da “empresa” e reiniciavam o esquema fraudulento em outro endereço. Pessoas que tenham sido vítimas do grupo podem enviar informações pelo Disque-Denúncia (197) ou pelo Denúncia Online.
Tribuna Livre, com informações da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina)









