07/12/2025

Ginecologista preso em Goiânia dizia que excitação era necessária para fazer exames

“Ele usava essa justificativa para tocar nelas de forma inapropriada”, diz delegada O médico ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, que foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (21) por suposto estupro cometido em Goiânia, dizia às pacientes que, para fazer determinados exames, elas precisavam ficar excitadas. As informações são da Polícia Civil (PC), que não divulgou a idade das vítimas e como os abusos aconteciam. Fábio foi denunciado pelo crime de “violação sexual mediante fraude”. Crimes descobertos após agressão No final do mês passado, o ginecologista tornou-se o alvo de uma investigação após ser agredido por um homem no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) do Setor Novo Horizonte, em Goiânia. O agressor, marido de uma gestante que havia sido atendida por Fábio, afirmou que o médico havia molestado sua esposa durante a consulta. Esse incidente foi registrado em vídeo, resultando na prisão do agressor na época. No entanto, após a divulgação do caso, três mulheres procuraram a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) para denunciar Fábio Guilherme por crimes sexuais ocorridos durante suas consultas médicas. Duas delas relataram terem sido molestadas em 1994, quando ainda eram menores de idade, enquanto outra paciente revelou que o abuso ocorreu há nove anos. Mesmo denunciado no Conselho Regional de Medicina (CRM) em 1994, na época o médico sequer foi indiciado e o CRM o considerou inocente. “Afirmava que elas deveriam estar excitadas”, diz delegada sobre ginecologista preso em Goiânia Nesta sexta-feira (21), a delegada Amanda Menucci, da Deam, lamentou o fato de que as vítimas frequentemente têm dificuldades em perceber que foram alvos de abuso, pois os agressores costumam usar argumentos técnicos para justificar seus atos criminosos. Ela diz que, nos quatro casos que chegaram ao conhecimento da delegacia, as vítimas relataram que Fábio Guilherme afirmava que elas deveriam estar excitadas para a realização dos exames “Ele usava essa justificativa para tocar nelas de forma inapropriada. Agora, ele está sendo indiciado pelos crimes denunciados pelas mulheres”, diz Menucci. No final do mês passado, o ginecologista tornou-se o alvo de uma investigação após ser agredido por um homem no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) do Setor Novo Horizonte, em Goiânia Presidente (Foto: divulgação/PC)

Coreia do Sul ameaça acabar com ditadura norte-coreana

Uso de armas nucleares significaria fim do regime de Kin Jong-un, diz país sul-coreano A Coreia do Sul alertou a Coreia do Norte para o uso de armas de destruição em massa por Pyongyang. Seul fez a advertência depois de o regime norte-coreano ameaçar realizar ataques nucleares preventivos contra possíveis agressões. “No caso de qualquer ataque nuclear contra a aliança Coreia do SulEstados Unidos, a Coreia do Norte enfrentará uma resposta imediata, esmagadora e decisiva da aliança”, disse o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 21. “Alertamos fortemente que, por meio disso, o ataque resultará no fim do regime norte-coreano.” A chegada do equipamento militar acendeu um alerta em Pyongyang, que acusou os EUA e a Coreia do Sul de prepararem um ataque contra o território norte-coreano. “O cenário dos EUA para um ataque nuclear à Coreia do Norte e sua implementação entraram no estágio mais crítico”, disse o ministro da Defesa norte-coreano, Kang Sun Nam, em comunicado divulgado pela agência estatal do país, na quinta-feira 20. Aumento da tensão na Península Coreana As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde a guerra da a guerra da Coreia (1950/1953), que terminou com um armistício, mas, não com um tratado de paz. Os EUA e Coreia do Sul realizam regularmente exercícios militares conjunto na península Coreana, o que irrita o regime norte coreano. A Coreia do Norte vê esses exercícios como preparação para uma invasão e já ameaçou retaliação militar. A ameaça de um ataque nuclear norte coreano é um lembrete da instabilidade na península coreana. Seul fez a advertência depois de o regime norte-coreano ameaçar realizar ataques nucleares preventivos contra possíveis agressões.

Beneficiários do Cartão Prato Cheio têm até 12 meses para utilizar crédito

Nova lei também proíbe a utilização para aquisição de bebida alcoólica, cigarro ou qualquer outro produto que não tenha natureza estritamente alimentar A vice-governadora Celina Leão sancionou a Lei nº 7.294, de 19 de julho de 2023, que altera o Programa Cartão Prato Cheio. A nova legislação amplia para até 12 meses o prazo para os beneficiários utilizarem o crédito de R$ 250 para a compra de alimentos.Isso significa que quem, eventualmente, não utilizar o recurso, ainda terá acesso ao crédito por até um ano da data da concessão. Após esse período, se o beneficiário não utilizar o crédito, perde o benefício. “Vale lembrar que não é uma ampliação do número de parcelas, continuam sendo nove parcelas mensais de R$ 250, o que muda é o prazo que o crédito fica disponível para utilização”, reforça a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. O Cartão Prato Cheio beneficia, atualmente, 100 mil famílias com crédito de R$ 250 para a aquisição de alimentos. Para ter acesso ao programa, as famílias têm que passar por atendimento socioassistencial no Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Trata-se de um programa temporário, de nove parcelas, para dar suporte às pessoas que passam por uma situação emergencial de insegurança alimentar e nutricional. A nova lei, sancionada nessa quinta-feira (20), quando Celina Leão estava como governadora em exercício, também proíbe a utilização do crédito do Cartão Prato Cheio para aquisição de bebida alcoólica, cigarro ou qualquer outro produto que não tenha natureza estritamente alimentar, sob pena de perda do benefício para os beneficiários e de descredenciamento para os estabelecimentos. “É importante ressaltar que os critérios para ter acesso ao Cartão Prato Cheio continuam os mesmos. Foram duas alterações pontuais para fortalecer esse que hoje é um programa de referência na garantia da segurança alimentar e nutricional”, reitera a secretária. São critérios para concessão: ter renda familiar per capita igual ou inferior a meio salário mínimo, estar em situação de insegurança alimentar, estar inscrito no Cadastro Único ou no sistema da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), e residir no Distrito Federal. Serão beneficiadas, prioritariamente, as famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até 6 anos, famílias com crianças de até 6 anos, com pessoas com deficiência, com pessoas idosas, e população em situação de rua em processo de saída de rua. *Com informações da Sedes  A nova legislação amplia para até 12 meses o prazo para os beneficiários utilizarem o crédito de R$ 250 para a compra de alimentos.

Editais reduzem espera para cirurgias de oftalmologia, varizes e tireoide

Secretaria de Saúde abre contratação para 3,6 mil cirurgias na rede complementar A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) lançou nesta semana dois editais de credenciamento para empresas da rede complementar realizarem cirurgias de varizes e de tireoide em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Um edital para procedimentos de oftalmologia (vitrectomia, facoemulsificação e estrabismo) também está aberto desde junho. Ao todo, serão 3.660 procedimentos contratados, podendo reduzir substancialmente as listas de espera das modalidades contempladas. O investimento total passa dos R$ 11,6 milhões e inclui, além das cirurgias, consultas anestésicas, pré e pós-operatórias, exames e internações, conforme a necessidade. As empresas interessadas têm até 30 dias para apresentarem propostas e precisarão passar por qualificação técnica, econômico-financeira, jurídica, fiscal, social e trabalhista. As propostas também são avaliadas por uma banca examinadora da SES-DF. Durante a fase mais aguda da pandemia de covid-19 – quando os hospitais da rede pública ficaram concentrados nos atendimentos contra o coronavírus –, houve aumento nas listas de espera de cirurgias eletivas de menos complexidade. “Por conta disso, tomamos ações para contornar a situação. Realizamos contratos com a saúde complementar e continuamos a promover forças-tarefas nos próprios hospitais da rede pública, além do esforço para o recadastramento dos usuários do Sistema Único de Saúde [SUS]”, detalha a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. O lançamento dos editais de credenciamento, modalidade prevista na legislação de complementaridade do SUS, é precedido pela autorização do Conselho de Saúde do DF. Também já foram publicadas as portarias necessárias para o lançamento de outros editais, nas área de urologia, otorrinolaringologia e coloproctologia. Desde outubro do ano passado, 2.800 procedimentos foram realizados. São beneficiados pacientes já acompanhados pela rede pública e priorizados de acordo com os critérios do Complexo Regulador do DF. A pasta planeja fazer ainda a contratação de até sete mil cirurgias, com investimento total de R$ 25,3 milhões, via recursos do Governo do DF, de emendas parlamentares e do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, do governo federal. 400 cirurgias em um mês Em contratos firmados com sete hospitais da rede de saúde complementar, a SES-DF já está ofertando 849 cirurgias eletivas. Desse total, 400 procedimentos foram feitos em 30 dias, dentre eles, hernioplastia umbilical, hernioplastia inguinal e remoção cirúrgica do útero. “Nós, da SES, e os hospitais contratados temos experiência nesse tipo de iniciativa. Isso ajudou a termos uma realização mais rápida”, afirma o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi. O edital de credenciamento complementa outros contratos assinados em outubro de 2022, quando foram realizadas 2.384 cirurgias dessas mesmas áreas. RecadastraSUS-DF A melhora na dinâmica de realização das cirurgias é resultado também das iniciativas de recadastramento dos usuários do SUS. Pelo telefone 160 ou pessoalmente em uma unidade básica de saúde (UBS) é possível atualizar os dados de contato para facilitar o chamamento. É preciso ter em mãos o comprovante de residência, ou, caso não tenha, uma declaração escrita à mão informando o endereço de moradia; CPF ou cartão do SUS; e documento de identidade (RG) ou certidão de nascimento. Também são coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como sobre a situação de moradia e de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde Serão 3.660 procedimentos contratados, podendo reduzir substancialmente as listas de espera das modalidades contempladas | Foto: Geovana Albuquerque/ Arquivo Agência Saúde-DF

Jornalista de Brasília é quase tirada a força da Supervisão de Comunicação da Câmara Distrital

A jornalista entrou em contato com o diretor de comunicação, Cleyton dos Santos que defendeu a atitude totalmente fora de ética do subordinado A jornalista e editora do site BSBFLASH, Isabel Almeida, ao renovar o cadastro do portal na comunicação da Câmara Distrital, foi informada que estava faltando o documento da Secretaria da Fazenda do DF. Ao solicitá-lo à contadora, recebeu cinco boletos, que somando dá quase 800 reais. São taxas que a Secretaria da Fazenda começou a cobrar de fachada e placa dos estabelecimentos comerciais. Porém, até ai tudo certo, mas cobrar de pessoas que trabalham com internet, com site? Qual o sentido disso? Para ter mais informações a jornalista se dirigiu, na quinta-feira 20, ao órgão cobrador, que a encaminhou ao DF Legal. Chegando lá, foi informada que a taxa começou a ser cobrada este ano, e o pior, com juros, ou seja, o GDF passa a explorar os empresários, a fazer cobranças indevidas, sabendo que a maioria ainda enfrenta dificuldades por causa da pandemia. Os fiscais estão vasculhando todos os estabelecimentos e multando aqueles que não têm faixa na entrada, multas altíssimas de quase dois mil reais, qual é a intenção desse governo, quebrar os comerciantes do DF? Ao ter essas informações, a jornalista indignada se dirigiu à Câmara Legislativa, no setor de comunicação, foi questionar por que esse ano eles exigiram o nada consta da Secretaria de Fazenda para a mídia alternativa (site, blogs e influencers), já que o trabalho deles é basicamente na Internet, como sempre, claro, não tiveram a paciência de explicar, argumentaram que era lei e que exigiam o documento para renovar o cadastro. Foi então que a jornalista questionou que o órgão não deveria cobrar um documento de uma classe que já enfrenta grande dificuldade de conseguir qualquer verba da casa e do GDF. Neste momento, um servidor levantou, e grosseiramente, começou a questioná-la, e a jornalista não aceitou, então, ele disse que iria chamar a segurança para tirá-la de lá. Isabel tirou o celular da bolsa e disse que iria gravar, mostrar como eles tratavam jornalistas, o homem se levantou, foi em direção a ela,  e disse que não iria filmar mesmo. Nesse momento, Isabel o desafiou, que ele não ousasse tirar o telefone da mão dela, mesmo assim ele não se intimidou e continuo a andar, foi quando ela disse que se ele triscasse nela, dali sairia direto para a delegacia da mulher. Ele ficou receoso e saiu da sala, a conversa ficou entre a jornalista e dois servidores: um rapaz e uma mulher, esta última, vendo que a situação estava saindo do controle, resolveu apaziguar os ânimos e explicou que não poderiam deixar de exigir o documento. Ao sair da sala, a jornalista se deparou com o servidor ao lado de seis seguranças, veja só que absurdo. Cinco homens e uma mulher subiram ao 5º para conter a jornalista, mas ao chegar ficaram sem ação quando a jornalista perguntou qual o crime que ela tinha cometido. Todos ficaram olhando sem ter o que falar, Isabel disse que entedia de lei, e o que o ato do servidor tinha sido arbitrário. Tentou conversar com o presidente da casa, que não estava no local porque a Câmara está em recesso. O que causa espanto é a prepotência desse servidor, é não ser preparado para lidar com um público segmentado que é o de jornalistas. Talvez esteja acostumado a maltratar as pessoas, a atender gente que ouve as grosserias e ameaças dele e fica com medo. A jornalista entrou em contato com o diretor de comunicação, Cleyton dos Santos que defendeu a atitude totalmente fora de ética do subordinado. O presidente da Câmara Legislativa, o deputado Wellington Luiz, tem que tomar medidas disciplinares contra esses servidores que não estão preparados para atender o público, muito menos jornalistas. O presidente da Câmara Legislativa, o deputado Wellington Luiz, tem que tomar medidas disciplinares contra esses servidores que não estão preparados para atender o público, muito menos jornalistas. Foto: Arquivo pessoal Fonte: bsbflash

Multas por pesca ilegal aplicadas no Araguaia chegam a R$ 174 mil em um mês

Em cinco semanas, volume de pescado apreendido chega a 178 kg. Fiscais recolheram 185 utensílios que estavam em posse dos autuados A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou balanço atualizado do trabalho de fiscalização contra pesca ilegal no rio Araguaia. Depois de cinco semanas de operação, o volume de pescado apreendido chegou a 178 kg. A parte que ainda estava habilitada para o consumo foi doada para o lar dos idosos São Paulo Apóstolo, em Araguapaz. O restante foi destruído. Os fiscais lavraram 59 autos de infração e aplicaram multas cujo valor total chega a R$ 174,7 mil. A ação começou no dia 15 de junho. Além do que foi apreendido, a Semad resgatou 28 espécimes de pescado e 12 tartarugas ainda com vida, que foram devolvidos à natureza. Considerando apenas os números da quinta semana de fiscalização, a Semad lavrou cinco autos, aplicou R$ 12,1 mil em multas, salvou seis espécimes capturadas, apreendeu 35 kg de pescado, uma motosserra e utensílios de pesca diversos. A operação continua até o fim de agosto. Equipamentos Os fiscais já recolheram 185 equipamentos que estavam em posse dos autuados por pesca ilegal. A lista inclui uma zangaia, nove carretilhas, 20 molinetes, 31 varas, um carretel, dois apetrechos, uma bateria, 17 tarrafas, uma motosserra, seis redes, 12 canoas, 13 motores, uma lancha, um celular, cinco cadeiras para barcos, 12 cambuís, 50 pindas, duas caixas térmicas, sete tanques de combustível e um revólver com cinco munições. Uma das incursões feitas pela equipe da Semad, na noite no dia 3 de julho, resultou na prisão de um foragido da Justiça (condenado por homicídio) na região da Viúva, em Nova Crixás. O homem estava a bordo de uma embarcação com outros dois, supostamente a caminho de um local de caça. Eles tinham armas e munições. Com apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, os três foram levados para delegacia. Regras para pescar Em Goiás, a Semad editou normativas para garantir que a atividade de pesca não comprometa o equilíbrio da biodiversidade nos rios, córregos e demais corpos hídricos que cortam o território do Estado. É obrigatório, por exemplo, que o pescador esteja licenciado. A licença é feita pela internet, no portal Expresso, do Governo de Goiás. É vedado o transporte de qualquer quantidade de pescado e só existe a permissão para o consumo, no local, de no máximo cinco quilos de peixe por pescador, por licença emitida. Outra regra importante está na Instrução Normativa 02/2020, disponível no site da Semad: existe um tamanho mínimo e máximo para cada espécie de peixe que pode ser pescado nas bacias hidrográficas de Goiás. No Araguaia pode-se citar, por exemplo, o Mandubé (que precisa ter entre 30 e 35 cm), o Tucunaré (30 a 40 cm) e a Apapá (40 a 55 cm). A Semad publicou no Instagram um post explicativo sobre o assunto, além da divulgação informativa nas cidades turísticas. No perfil da secretaria ainda é possível acessar o linktree que traz a cartilha de pesca, com todas essas informações. Operação da Semad contra pesca ilegal no Araguaia  (Foto: Divulgação)

O plano de Haddad para evitar ‘imposto mais caro do mundo’

– o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula que o imposto único pode ser de mais de 28%. O Ministério da Fazenda está tentando aprovar a reforma tributária no Senado. No entanto, a lista de exceções está pressionando a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula que o imposto único pode ser de mais de 28%. Mas o ministro Fernando Haddad já tem algumas cartas na manga para compensar as exceções, caso elas sejam mantidas, e aliviar no IVA. A equipe econômica deve buscar na reforma do imposto de renda uma forma de balancear a reforma tributária sobre consumo. A princípio, o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, estimava que o IVA teria uma alíquota em torno de 25%. Por outro lado, ele já alertou que quanto mais exceções, maior será a carga tributária. Reforma do imposto de renda Segundo informações do Broadcast, o desgaste público com a divulgação do estudo do Ipea levou a Fazenda a mudar de estratégia e adiar de agosto para o fim do ano o envio ao Congresso da tributação da renda. A Fazendo já espera encontrar resistência de setores que, hoje, apoiam o atual ministro. Nesta segunda fase da reforma, está pautada a tributação de lucros e dividendos. Haddad já adiantou que não abre mão da taxação sobre lucros provenientes de participações de residentes no Brasil em offshores. Em entrevista para O Globo, Haddad disse que quer negociar com o empresariado antes de enviar o projeto de lei ao Congresso. Segundo Appy, parte da reestruturação do Imposto de Renda da Pessoa Física e da folha de pagamentos já está pronta, sendo que o objetivo será corrigir distorções na taxação entre mais ricos e mais pobres. “A ideia é de passar a tributar a distribuição dividendos, mas muito provavelmente com uma redução da tributação nas empresas (IRPJ)”, disse em entrevista ao Inteligência Financeira. Super-ricos Haddad também está de olho nos fundos exclusivos, também chamados de ‘super-ricos’. Ontem, após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, o ministro afirmou que irá encaminhar proposta para tributar os fundos exclusivos no Orçamento de 2024, que será apreciação do Congresso em agosto. Os fundos exclusivos atualmente oferecem oportunidades de investimento favoráveis para os brasileiros mais ricos, tributando os rendimentos apenas quando distribuídos aos investidores. Tentativas de tributá-los foram feitas por governos anteriores sem sucesso. Haddad e equipe econômica querem compensar as exceções da reforma tributária com imposto sobre lucros e dividendos.  (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Iraque condena Suécia por ter autorizado protesto onde Alcorão é queimado

Seguidores de líder religioso atacam representação do país escandinavo em Bagdá em protesto contra profanação do livro sagrado do Islã. Primeiro-ministro Mohamed Shia al-Sudani decide expulsar embaixadora do território iraquiano A autorização concedida pela Suécia para a queima de uma cópia do Alcorão gerou uma crise diplomática entre o país escandinavo e o Iraque. Bagdá expulsou a embaixadora sueca, Jessica Svärdström, e chamou de volta seu representante em Estocolmo, após horas de forte tensão. Revoltados, cerca de 200 seguidores do influente líder religioso xiita Moqtada al-Sadr atearam fogo na sede da representação diplomática sueca, na madrugada de ontem, em protesto contra a profanação do livro sagrado do Islã. Apesar da permissão ampla, Salwan Momika, um refugiado iraquiano de 37 anos que vive na Suécia, absteve-se, ontem, de queimar um exemplar do Alcorão, como havia feito em 28 de junho, em frente à maior mesquita de Estocolmo em 28 de junho. Desta vez, ele pisoteou numa publicação. O governo iraquiano condenou o ataque à embaixada do país escandinavo, mas também emitiu um alerta a Estocolmo para que não permita o prosseguimento do protesto, ameaçando “romper” as relações bilaterais. Autoridades suecas argumentam ter decidido autorizar a manifestação de Momika com base na legislação sobre os direitos de liberdade de reunião e expressão. “A Constituição estabelece que muitas razões são necessárias para negar a uma pessoa uma permissão para uma assembleia pública”, disse Ola Osterling, da polícia de Estocolmo. Além da expulsão da embaixadora, o governo do primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, também decidiu suspender a licença de operação da gigante sueca das telecomunicações Ericsson, segundo um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal INA. Falha de segurança Al-Sudani, porém, condenou — “nos termos mais fortes” — os acontecimentos ocorridos na embaixada sueca. “É uma falha de segurança grave que requer ação imediata”, admitiu o governo iraquiano em um comunicado, reafirmando o compromisso de garantir a proteção de todas as missões diplomáticas. A embaixada já havia sido atacada em junho, quando Salwan Momika protagonizou a primeira manifestação. Entretanto, naquela ocasião, os seguidores de Moqtada al-Sadr saíram correndo quando a polícia iraquiana chegou ao local. Sem saber a magnitude dos danos ao edifício incendiado, o Ministério de Relações Exteriores da Suécia informou que seus funcionários estavam “seguros”. O chanceler Tobias Billström convocou o encarregado de negócios iraquiano em Estocolmo para tratar do ataque. “O que ocorreu é totalmente inaceitável e o governo condena esses ataques da maneira mais forte possível”, enfatizou, em um comunicado. Billström lembrou que as autoridades iraquianas têm a obrigação de proteger as missões diplomáticas de acordo com a Convenção de Viena. “É inaceitável que as forças de segurança iraquianas não tenham agido para impedir que os manifestantes invadissem o complexo da embaixada sueca pela segunda vez e o danificassem”, reagiu, por sua vez, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller. Prisões Após o ataque à embaixada, houve confrontos entre os seguidores de Moqtada Sadr com a polícia, que usou canhões de água para dispersar o protesto. Os manifestantes atiraram pedras contra as forças de segurança. O tumulto terminou com 20 prisões. Segundo o governo, os detidos serão levados à Justiça. O gesto de Momika, que participou das massivas manifestações contra a corrupção no Iraque em 2009, já havia causado uma onda de críticas internacionais e desconforto na comunidade muçulmana. As redes sociais do refugiado mostram que ele teve uma carreira política errática em seu país de origem, incluindo vínculos com uma facção armada cristã durante a luta contra o Estado Islâmico (EI). Também revelam a participação dele na criação de um obscuro partido político sírio, bem como rivalidades com paramilitares cristãos influentes e uma breve prisão.  Seguidores do clérigo xiita Moqtada al-Sadr atearam fogo na embaixada sueca e, depois, entraram em confronto com a polícia: 20 prisões – (crédito: AFP)

PL expulsa deputado que posou com Lula e “fez o L”

Yury do Paredão irritou bolsonaristas do partido ao publicar foto com o presidente e com ministros. Além disso, o parlamentar pelo Ceará tem votado a favor do governo na Câmara, apesar das determinações contrárias da legenda O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, recebeu, nesta quinta-feira, o deputado federal Yury do Paredão (CE) e informou-o de que será expulso da agremiação. O pedido de abertura do processo, a fim de colocá-lo para fora do partido, foi feito na segunda-feira ao Diretório do PL no Ceará, por causa do apoio que o parlamentar licenciado vem dando ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o chefe da seccional cearense devolveu o pedido à direção nacional para que tomasse a decisão. “Recebi, na sede do PL Nacional, o deputado Yury do Paredão, do Ceará, a quem reafirmei que será expulso do partido por não comungar dos ideais de nossa legenda. A lei tem de ser cumprida e tem de ser igual para todos”, tuitou Costa Neto. Desde que Lula chegou à Presidência da República, em janeiro, Yury do Paredão assumiu uma postura de apoio ao governo, votando com a base aliada matérias de interesse do Planalto. Após a reunião, o parlamentar confirmou que será expulso do PL, mas que “respeita” a decisão da cúpula da legenda. Também pelo Twitter, ele anunciou que deixará a bancada. “Estive com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o qual me afirmou que serei expulso do partido. Respeito a decisão do presidente e agradeço a oportunidade dada na eleição de 2022. Sigo como deputado federal defendendo a democracia, fazendo política com diálogo, respeito, sem radicalismo, com tolerância, e defendendo as ações dos governos que tragam melhorias para o povo brasileiro”, anunciou. O parlamentar cearense conseguiu irritar a direção do PL por causa de suas constantes postagens em redes sociais ao lado de Lula e de ministros do governo, inclusive fazendo o “L” com a mão. Ele também costuma compartilhar tuítes de Lula e seus auxiliares. A crise, porém, foi deflagrada em maio, quando Yury postou uma foto dele ao lado do presidente e do ministro da Educação, Camilo Santana, que já foi governador do Ceará. “Juntos, podemos construir um Ceará mais forte e justo para todos”, publicou o deputado no comentário sobre a foto. Morto-vivo Na semana passada, o parlamentar voltou a desafiar a legenda ao participar, no município pernambucano de Salgueiro, da cerimônia de entrega de uma estação de bombeamento do projeto de transposição do Rio São Francisco, ao lado dos ministros Paulo Pimenta (Secom) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional). O líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), cobrou que Yury renunciasse, porque, com a expulsão, o ex-colega de bancada não só manteria o mandato como levaria para a nova legenda as prerrogativas de acesso a recursos dos fundos eleitoral e partidário. “Ele quer ser expulso para poder levar o mandato dele. A melhor alternativa seria deixá-lo no sal: sem comissões, sem fundo e sem diretórios. Um morto-vivo no PL. Se ele tentar sair do partido, perderá o mandato”, disse o bolsonarista, no início da semana, nas redes sociais. Yury cumprimenta o presidente: parlamentar compartilha nas redes publicações de integrantes do governo –  (crédito: Reproduções/Redes sociais)

Polêmica com Eduardo Leite pode barrar Jean Wyllys na Secom

Governador gaúcho anuncia que processará ex-deputado por homofobia devido a bate-boca, nas redes sociais, sobre escolas cívico-militares. Ministro Paulo Pimenta afirma que Lula não prometeu qualquer cargo ao ex-parlamentar Os ataques do ex-deputado federal Jean Wyllys contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), podem fazer o governo recuar na nomeação do ex-parlamentar para um cargo na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). De acordo com fontes consultadas pelo Correio, a situação gerou desconforto no Palácio do Planalto e entre aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A polêmica começou quando Wyllys fez comentários considerados homofóbicos contra Leite, após o governador afirmar que iria manter, no estado, o programa de escolas cívico-militares, encerrado pelo governo federal — acaba efetivamente no final do ano. O ex-parlamentar afirmou que o chefe do governo gaúcho tem “fetiche” por “uniformes”. “Que governadores héteros de direita e extrema direita fizessem isso, já era esperado. Mas de um gay? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes. Se for branco e rico então”, provocou Wyllys. Leite respondeu que vai ingressar com uma ação criminal por conta das ofensas que recebeu. “Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que tomei como governador. Ele pode não concordar, ter outra visão, mas tenta associar essa decisão à minha orientação sexual, e até a preferências sexuais. Por isso, entrei com uma representação contra ele por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia”, anunciou o governador. Além disso, ele comparou a crítica do ex-deputado ao episódio em que sofreu ataques homofóbicos de Roberto Jefferson e às “insinuações de mau gosto” do então presidente Jair Bolsonaro. Para piorar a situação de Wyllys, em 30 de junho Leite recebeu Lula, a primeira-dama Janja e o ministro da Secom, Paulo Pimenta, para um almoço no Palácio Piratini ao lado do namorado, o médico Thalis Bolzan. Incômodo Fontes disseram ao Correio, sob a condição de anonimato, que ainda não está claro qual área Wyllys ocuparia dentro da Secom — cujo convite partiu do próprio Lula e de Janja. Na avaliação dessas fontes, a nomeação é política e não técnica. O frequente envolvimento de Wyllys em polêmicas e, agora, em uma suposta situação de homofobia, pode representar um custo político muito elevado e prejudicar a imagem do Executivo. Pimenta afirmou, em entrevista ao portal G1, nesta quarta-feira, que Lula não prometeu nenhum cargo a Wyllys. “Promessa de cargo é uma coisa meio vaga. Nunca houve promessa. O presidente conversou com ele, entrou em contato com ele. O Jean foi para a Bahia, não conversei com ele esta semana. Não tem nada no horizonte, não sei”, disse o ministro. De volta ao Brasil no começo do mês, Wyllys foi recebido por Lula e Pimenta no Palácio do Planalto. Informações de bastidores começaram a apontar que ele assumiria algum cargo como assessor de planejamento na Secom. A nomeação era defendida por Janja e as recentes declarações do ex-deputado colocaram a primeira-dama e Pimenta em rota de colisão. Lula vem realizando um esforço para dialogar com setores da oposição e evitar o acirramento dos embates políticos, como ocorreu na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Prova disso é que ele ligou para o governador gaúcho quando o Rio Grande do Sul foi atingido por enchentes decorrentes de um ciclone extratropical que afetou a Região Sul. O presidente ofereceu ajuda, estrutura para resgates e colocou o corpo de ministros à disposição do governo e da população gaúcha. Eduardo Leite no vídeo em que anuncia ação contra o ex-parlamentar, cujo ataque ameaça custar-lhe o cargo – (crédito: Reproduções/Redes sociais)

Eduardo Leite ingressa com representação no MP contra Jean Wyllys por declarações homofóbicas

Ao se referir ao governador gaúcho, Wyllys disse que gays com “homofobia internalizada desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”. Bate-boca aconteceu após ex-deputado criticar Leite pela decisão de manter as escolas cívico-militares O advogado de Jean Wyllys, Lucas Mourão, afirma que não tem conhecimento da representação. Ele acrescenta que “não houve qualquer comunicação oficial a respeito, motivo pelo qual não é possível comentar”. A denúncia foi feita na quarta-feira (19) após um bate-boca entre os dois no Twitter. Wyllys criticava a decisão do governo do RS de manter as escolas cívico-militares e disse que “gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”. (saiba mais abaixo) A informação da denúncia foi anunciada pelo governador em sua conta no Twitter nesta quinta-feira. “Não interessa se é da direita ou da esquerda. Não interessa a cor da bandeira que carrega. O que importa é que homofobia, preconceito, discriminação não podem ser tolerados. A sociedade que a gente defende é uma sociedade de respeito, de tolerância, em que as pessoas sejam julgadas pelo seu caráter, pela sua capacidade, pela sua honestidade, não pela cor da pele, não pela crença religiosa, não pela orientação sexual. Homofobia, venha do lado que vier, preconceito e discriminação, venha do lado que vier, da cor da bandeira que cada um segurar, não pode ser tolerado e por isso eu faço essa representação junto ao Ministério Público”, disse Eduardo Leite em um vídeo postado no Twitter. O bate-boca Leite e Wyllys discutiram no Twitter na última sexta-feira (14) após o g1 ter publicado uma notícia de que o estado vai manter as escolas cívico-militares. O bate-boca gerou quase 4 milhões de visualizações e dominou os assuntos em alta no dia nos últimos dias. Entenda, abaixo, o que aconteceu. 1.            Qual o motivo da discussão? 2.            Como começou a discussão? 3.            Como o governador do RS reagiu? 4.            O que são as escolas cívico-militares? 5.            Modelo de esquerda ou de direita? 6.            Onde está Jean Wyllys? Qual o motivo da discussão? Eduardo Leite publicou em seu perfil no Twitter um print da reportagem do g1 e disse que o governo do Rio Grande do Sul iria manter as escolas cívico-militares. Atualmente, há 18 instituições estaduais nesse modelo. Como começou a discussão? Jean Wyllys fez uma publicação em resposta a de Leite, acompanhada de um print da postagem do governador, criticando a medida, mas, principalmente, o fato da decisão ter partido de um político assumidamente gay. Leite foi o primeiro presidenciável a admitir publicamente sua homossexualidade. Isso ocorreu em 2021, durante entrevista a Pedro Bial. Para tentar explicar a razão do governador gaúcho ter mantido as escolas cívico-militares, disse que se tratava de “homofobia internalizada”. “Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”, diz o tweet. Como o governador do RS reagiu? Leite chamou Wyllys de “ignorante”, pois sua fala “em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância”. Veja: Para Leite, que já disse ser um “governador gay” e não um “gay governador”, as pautas LGBTQIA+ não entram em conflito com a defesa de uma política de manutenção, por exemplo, de um programa cívico-militar, apesar do histórico de embate entre os grupos. “Nesse Brasil com pouca integridade, nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que se fique claro e não se tenha nada a esconder”, disse em entrevista a Bial. O que são as escolas cívico-militares? Criado em 2019, o programa de escolas cívico-militares permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares. O governo federal decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). Apesar disso, o governo do RS decidiu manter nesse modelo as escolas que já operavam com ele. Modelo de esquerda ou de direita? Apesar de ter permanecido em vigor durante todo o governo de Jair Bolsonaro, a militarização da educação no Brasil já foi colocada em prática durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por dois de seus ministros na época: Rui Costa e Flávio Dino. Onde está Jean Wyllys? Jean Wyllys retornou ao Brasil no final de junho, depois de quatro anos no exterior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu no dia 6 deste mês o ex-deputado. Em 2019, primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, ele abriu mão do mandato na Câmara e decidiu deixar o país. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), denunciou no Ministério Público o o ex-deputado federal Jean Wyllys por declarações homofóbicas. Foto: Eduardo Leite ingressa com representação no MP contra Jean Wyllys

Profissionais da enfermagem serão capacitados na busca do primeiro emprego

Governadora em exercício Celina Leão sancionou lei que vai facilitar o ingresso de estudantes sem experiência no mercado de trabalho Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem vão ter o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) na busca pelo primeiro emprego. Esse suporte virá por meio de capacitação profissional e parcerias com entidades do setor produtivo, sindicatos e das secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda. “Essa lei é importante para que a gente possa dar treinamento a essas pessoas que tanto buscam a oportunidade de primeiro emprego. Se a gente não pode contratar pessoas sem que ela tenha seis meses de experiência, o melhor é que a gente possa capacitá-las. É uma lei importante para os técnicos de enfermagem, para os enfermeiros e para nós, que acreditamos na saúde pública do DF”Celina Leão, governadora em exercício Nesta quarta-feira (19), a governadora em exercício Celina Leão sancionou o Projeto de Lei nº 84/2023, de autoria da deputada distrital Dayse Amarilio, que cria a Política Distrital de Primeiro Emprego para Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. A norma deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias e seguir seu processo de regulamentação. Enquanto deputada distrital e deputada federal, Celina Leão destinou emendas para a aquisição de equipamentos para treinamento de servidores. Sensível ao tema, ela espera que a lei seja mais um passo importante para quem está começando na carreira e precisa de um amparo para entrar no mercado de trabalho. “Essa lei é importante para que a gente possa dar treinamento a essas pessoas que tanto buscam a oportunidade de primeiro emprego. Se a gente não pode contratar pessoas sem que ela tenha seis meses de experiência, o melhor é que a gente possa capacitá-las. É uma lei importante para os técnicos de enfermagem, para os enfermeiros e para nós, que acreditamos na saúde pública do DF”, argumentou Celina Leão. Somente na rede pública de saúde, há cerca de 12 mil técnicos de enfermagem e 8 mil enfermeiros, que formam a maior base de servidores. Segundo a titular da pasta, Lucilene Florêncio, a lei chega para ajudar a suprir uma carência no atendimento do sistema de saúde como um todo, incluindo as necessidades da rede privada. “É uma força de trabalho que nós precisamos e temos déficit. Nós precisamos acolher esses profissionais porque, quando são acolhidos e ganham experiência, o retorno é para a população. A maior força de trabalho da saúde hoje é do enfermeiro e do técnico”, apontou. Na visão da deputada distrital Dayse Amarilio, unir a saúde pública, sindicatos e o terceiro setor será essencial para que a lei seja aplicada de fato e tanto os profissionais como os cidadãos sintam a melhoria dos serviços na ponta. “Estamos falando de fomentos, contrapartidas, termos de cooperação. Vamos capacitar e criar postos de trabalho, não vamos substituir o servidor concursado, mas ter profissionais treinados e supervisionados, que vão estar ali num setor ajudando, atendendo e dando um respiro para as equipes até dentro da própria rede pública. Com a lei, poderemos gerar uma experiência real em campo”, avaliou. A chamada de Política Distrital de Primeiro Emprego para Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem também agradou sindicatos e até estudantes. É o caso da presidente do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem do DF (Sindate-DF), Josy Jacob. “A lei vai facilitar e ajudar esse profissional, já formado, mas com essa deficiência na formação. Vai permitir que ele tenha especialidade, estude um pouco mais e tenha esse currículo para que as portas possam se abrir para ele”, disse. Já a estudante de enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Natália Freitas, espera ser contemplada pela lei. “Acontece que muitas das vezes, quando um estudante se forma, ele acaba tendo que trabalhar como voluntário de saúde sem receber qualquer tipo de auxílio, e isso impacta na vida econômica dessa pessoa. Com essa lei vamos ter um auxílio para entrar no mercado de trabalho, melhorando nossa qualidade de vida e também a assistência prestada à população”, vislumbrou. Durante a sanção da lei, as federações das Indústrias do DF (Fibra) e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) se prontificaram a trabalhar em parceria com o governo, nos moldes de outros programas tocados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda. “Nós, por meio do Senac, e a Fibra, por meio do Senai, vamos ajudar esses profissionais a ter esse portfólio para serem contratados. Vamos abraçar essa lei e ajudar a vencer as barreiras”, garantiu o presidente do Fecomércio-DF, José Aparecido da Costa Freire. A governadora em exercício Celina Leão sancionou o Projeto de Lei nº 84/2023, de autoria da deputada distrital Dayse Amarilio, que cria a Política Distrital de Primeiro Emprego para Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. A norma deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias e seguir seu processo de regulamentação | Foto: João Cardoso/Agência Brasília

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