Robério encara como normal que o nome dele seja cotado, uma vez que o
próximo mandato será o quarto dele.
A eleição que definiu a nova composição da Câmara Legislativa do
Distrito Federal (CLDF) mal terminou e os 24 deputados distritais eleitos já
começaram a se movimentar para ver quem será o próximo presidente da Casa. Como
a votação ocorre na primeira sessão do ano, é importante que os interessados
não deixem as articulações para última hora.
Neste primeiro momento, três nomes da base do governador Ibaneis Rocha
(MDB) figuram como principais concorrentes: Hermeto (MDB), Robério Negreiros
(PSD) e Wellington Luiz (MDB).
Os dois primeiros citados são, respectivamente, os atuais líder e
vice-líder do GDF na Câmara, ou seja, os principais articuladores para que os
projetos de interesse do Executivo entrem em pauta. Já o último, exerceu a
função de vice-presidente da CLDF, entre 2017 e 2018.
Apesar de já haver uma movimentação para tentar captar simpatia dos
colegas, os outros distritais ainda consideram prematuro querer fazer qualquer
desenho para janeiro. Para parlamentares da base de Ibaneis, há de se esperar
quem o governador reeleito irá apoiar e, até o momento, não houve sinalização.
Outro ponto comentado é a necessidade de se esperar o resultado do 2º
turno na eleição nacional. Afinal de contas, caso o candidato Lula (PT) vença,
pode ser que o papel da esquerda na CLDF ganhe maior importância em relação a
um eventual novo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Robério encara como normal que o nome dele seja cotado, uma vez que o
próximo mandato será o quarto dele. “É natural mencionarem um político com
amadurecimento e experiência de três biênios na Mesa Diretora da CLDF no rol de
candidatos. Porém, está muito cedo para termos definições de candidaturas. O
que está certo é que ajudaremos o novo mandato do governador Ibaneis”, diz.
Na mesma linha, Hermeto afirma que a reeleição de Ibaneis e a relação
dele com o parlamento, inclusive a oposição, o coloca numa posição favorável
para a vaga. “Como líder de governo defendi interesses tanto da Câmara
Legislativa, quanto do governo, numa construção baseada no respeito. Meu
partido ainda não se reuniu para tratar do assunto e se for uma decisão de
grupo, e aqui me refiro ao MDB, o governador Ibaneis e meus amigos deputados,
eu jamais fugiria de uma responsabilidade dessa”, destaca.
Já Wellington Luiz afirma que a escolha para o cargo passa por uma
construção. “Estamos há três meses da posse. Vamos construir, trabalhar e, se
for da vontade de Deus e dos colegas, vamos representar na CLDF. Mesmo assim, é
uma situação que vamos discutir um pouco mais lá na frente”, argumenta.
Esquerda não deve lançar candidato
Acrescida de um parlamentar para a próxima legislatura, a oposição ao
governo Ibaneis trabalha com os pés no chão para eleição dentro do parlamento
local. Ciente de que os seis deputados não são suficientes para eleger um
representante de esquerda, os parlamentares sabem que, pelo menos, podem ditar
o rumo do pleito.
Dessa forma, a tendência é que a esquerda não lance nenhum candidato,
apesar de ter os três distritais mais votados do pleito.
As diretrizes das negociações para saber em quem votar devem começar a
ser definidas a partir desta quarta-feira (12/10), quando os seis parlamentares
se reúnem para discutir esse assunto, entre outras pautas.












