Uma das datas mais importantes para o comércio varejista
anima lojistas do Distrito Federal. Expectativa é de que o faturamento
ultrapasse os resultados dos últimos dois anos
No SIA, lojas com
produtos sazonais estão lotadas de brinquedos – (crédito: Mariana Lins/Esp.
CB/D.A Press)
A expectativa dos
lojistas é de que as vendas para o Dia das Crianças cresçam e ultrapassem as
dos dois últimos anos. Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) estima a injeção de R$ 180 milhões
na economia local. A data é considerada uma das mais importantes em faturamento
para o comércio varejista da capital do país, juntamente com o Dia das Mães e o
Natal.
Nas lojas de brinquedos,
um dos principais setores impulsionados pela data, a expectativa é otimista. O
movimento aumentou significativamente e espera-se que ultrapasse em 20% as
vendas do ano passado. “A gente sabe que está melhor, porque o ticket
médio foi R$ 300 em 2021 e, este ano, tem sido de R$ 600”, afirma Márcia
Ramalho, gerente de uma loja de brinquedos há 19 anos.
A data também gera novas
vagas de emprego, segundo Luiz Damasceno, gerente de uma loja de brinquedos na
Multifeira, no SIA. “A rede contratou em torno de 40 pessoas para atender
o aumento do fluxo das compras. A ideia é oferecer o melhor atendimento
possível”, ressalta.
Após dois anos de
medidas impostas pela crise sanitária da covid-19, 2022 é marcado pela volta à
normalidade do convívio social, dando espaço para comemorações e programações
de eventos coletivos. “Este é o primeiro Dia das Crianças sem todas as
restrições que a pandemia nos impôs. A expectativa está super alta, o movimento
vem crescendo mês a mês e em uma das grandes datas para o comércio não será
diferente. Esperamos um aumento de mais de 19% nas vendas. E para o dia 12,
além das promoções e bom atendimento, estamos apostando em ações e atrações
para as crianças e suas famílias”, comenta Augusto Brandão,
superintendente do Pátio Brasil Shopping.
Lojas no SIA, que
oferecem produtos de acordo com a sazonalidade, estão com as prateleiras cheias
de brinquedos e esperam que a busca por presentes se intensifiquem. Fátima
Raiza gerente de um desses estabelecimentos avalia que o movimento está melhor.
“As vendas estão aumentando e devem melhorar ainda mais até o final do
ano”, diz.
Presentes
A servidora pública
aposentada Ireni Gregório, 64 anos, desembolsou em média R$ 200 por presente
para as crianças da família. “Este ano, eu estou gastando mais porque
nasceram dois bisnetos e uma neta. Mas compro com satisfação e invisto em
brinquedos educativos, que permitam aprender enquanto eles brincam”,
conta.
A solidariedade é um dos
valores que também se manifestam nesta data, Sebastião Teixeira, 34 anos, e
Paula Fontes, 30 anos, moradores do Riacho Fundo 1, reúnem-se com amigos e
vizinhos, arrecadam dinheiro para adquirir presentes e entregar para crianças em
vulnerabilidade. “Nós compramos uma quantidade de brinquedo, fazemos
cachorros-quentes e saímos para distribuir. Normalmente, vamos à alguma invasão
ou a lugares que sabemos que os brinquedos trarão um sorriso”, detalha
Paula, enfatizando que a melhor parte é ver a filha, de 7 anos, participando da
iniciativa. “É emocionante! Ela se envolve, se diverte e ganha os mesmos
brinquedos que distribuímos”, finaliza.











