De acordo com fontes da mídia local, houve relatos de duas pessoas feridas em um possível tiroteio ocorrido em um hospital nas proximidades. As autoridades ainda não esclareceram se os incidentes estão conectados.
A polícia japonesa cercou, na terça-feira (31/10), uma agência dos correios na cidade de Warabi, localizada no município de Saitama, onde um homem, supostamente armado, teria feito um número desconhecido de pessoas reféns.
Enquanto isso, a mídia local reportou que duas pessoas foram feridas em um possível tiroteio em um hospital próximo. As autoridades ainda não esclareceram se os dois incidentes estão relacionados. Segundo testemunhas, o suspeito do tiroteio no hospital fugiu em uma moto.
Imagens veiculadas na televisão mostram um homem idoso, usando um boné de beisebol e um casaco, dentro da agência dos correios, segurando um objeto que parece ser uma arma, pendurada por um cordão no pescoço.
O site do governo municipal informou que às 14h15 (2h15, horário de Brasília), uma pessoa se trancou e fez reféns na agência dos correios na cidade de Warabi, ao noroeste de Tóquio. O site também indicou que o indivíduo estava com um objeto que se assemelha a uma arma de fogo. “Pedimos aos cidadãos nas proximidades que sigam as instruções da polícia”, afirmou o comunicado.
Segundo o canal NTV, pelo menos duas mulheres estavam dentro da agência, enquanto a polícia estava em negociação com o sequestrador por telefone. O jornal Yomiuri mencionou que 10 funcionários poderiam estar presentes no local e que o homem poderia estar portando querosene.
A polícia instruiu cerca de 300 moradores da área a evacuarem suas casas, conforme relatado pelo canal TBS. Viaturas policiais foram despachadas para isolar o prédio de três andares. As ruas nas proximidades estavam vazias.
O incidente ocorreu enquanto a polícia investigava um tiroteo que aconteceu horas antes em um hospital na cidade vizinha de Toda. Duas pessoas sofreram ferimentos leves, aparentemente um médico e um paciente, após tiros terem sido disparados da rua contra um quarto no primeiro andar do hospital.
“Por volta das 13h, ouvi uma mulher gritando ‘Por favor, venha alguém’ e uma enfermeira gritou: ‘Afaste-se das janelas e abaixe a cabeça'”, relatou um homem de 60 anos que estava no hospital à NHK. “Pouco antes das 14h, olhei para dentro do consultório médico e vi uma poça de sangue ao lado da maca. Não ouvi tiros, mas uma enfermeira disse que ouviu dois”, acrescentou.
Crimes violentos são incomuns no Japão, um país que registra uma taxa de homicídios baixa e tem uma das leis mais rigorosas do mundo em relação a armas. No entanto, o país tem enfrentado vários incidentes recentes, incluindo o atentado ao ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, atingido por um tiro de uma arma caseira durante um discurso de campanha eleitoral no ano passado.
Em abril, o atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, foi alvo de um ataque com um dispositivo explosivo improvisado, durante um comício. Kishida saiu ileso, mas duas pessoas sofreram ferimentos leves.
Um mês depois, um homem se trancou em um edifício depois de supostamente matar quatro pessoas, incluindo dois policiais e uma idosa, em um ataque com pistola e faca. Masanori Aoki, 31 anos, foi detido em sua casa, perto da cidade de Nakano, conforme informou a polícia naquela ocasião
Tribuna Livre, com informações da Agence France-Presse











