As infecções podem resultar em formas assintomáticas, leves, graves e até fatais.
A dengue, uma doença infecciosa, é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Essa doença febril aguda se manifesta rapidamente, sendo mais comum em períodos chuvosos e quentes, e é causada por quatro sorotipos diferentes – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 – que podem resultar em formas clássicas da doença ou evoluir para quadros graves que afetam órgãos como fígado, cérebro e coração.
No Distrito Federal, o sorotipo mais prevalente é o DENV-1, embora tenha sido observado um aumento significativo do DENV-2. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) divulgado na terça-feira (20), o sorotipo 2 foi detectado em quase 10 mil casos, enquanto o tipo 1 apareceu em cerca de 1,1 mil ocorrências. Os sorotipos 3 e 4 ainda não foram identificados na capital.
Todos os quatro tipos de vírus podem causar formas assintomáticas, leves, graves e até fatais da doença. Após contrair um vírus da dengue, o corpo desenvolve imunidade a ele. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a segunda infecção por qualquer sorotipo da doença tende a ser mais grave que a primeira, independentemente da ordem dos sorotipos. O DENV-2 e o DENV-3 são considerados mais virulentos.
A reinfecção por um sorotipo diferente é um fator de risco para a dengue hemorrágica, pois o sistema imunológico pode reagir de maneira intensificada. Embora a dengue possa afetar pessoas de todas as idades, alguns grupos, como crianças menores de 2 anos, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido, como diabéticos e hipertensos, têm maior risco de desenvolver complicações. Sintomas como febre alta, dores de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, prostração, fraqueza, manchas vermelhas, erupções e coceira na pele podem indicar a doença.
A detecção e distinção entre os sorotipos são importantes para o monitoramento epidemiológico. Os exames laboratoriais são fundamentais para o diagnóstico da dengue e ajudam a implementar medidas preventivas e de controle da doença. No Distrito Federal, a SES-DF oferece o exame PCR em Tempo Real (RT-PCR) para determinar o sorotipo causador da infecção. O diagnóstico precoce auxilia na conduta terapêutica do paciente.
Ao apresentar sintomas de dengue, é importante procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima. As estruturas desses locais foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Caso os sintomas se agravem, os pacientes são encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) ou aos hospitais regionais. Além disso, tendas de acolhimento à população estão disponíveis em várias regiões do DF para oferecer assistência das 7h às 19h.
Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Saúde