A PF identificou criminosos que fomentam e gerenciam guerras de facções que vêm dando ordens para executar rivais
A ação é um desdobramento da Operação Caixinha, deflagrada pela FTSP em 10 de março de 2023, que investigou um esquema em que administradores de uma facção estariam cobrando taxas de manutenção mensal, conhecidas como “Caixinha”, para que os faccionados tivessem alguns direitos perante às lideranças, tais como participação nos grupos de bate-papo das redes sociais e autorização para traficar drogas em determinados locais.
A investigação identificou que os membros do grupo realizavam a troca de entorpecentes e objetos ilícitos, produtos de furtos e roubos. Foi verificado, ainda, que os integrantes discutiam o domínio de áreas para o tráfico, a existência de um “tribunal do crime”, com o planejamento de execuções de indivíduos que violam regras da facção ou criam animosidade com seus membros, além de informarem a movimentação policial nas áreas dominadas pela facção.
A FTSP identificou sujeitos que fomentam e gerenciam guerras de facções que vêm dando ordens para executar rivais que adentrem no território dominado por estes. Os investigados são possíveis lideranças, sublideranças e membros de facção, sendo que alguns já responderam por crimes quando menores de idade.
Com a atual investigação, os suspeitos podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, integrar organização criminosa, furto, roubo e homicídio. Em caso de condenação, poderão pegar pena entre 20 e 57 anos de reclusão, mais o pagamento de multa.
A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) do Amapá deflagrou, na manhã da segunda-feira (26/6), a Operação One Hundred, com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e seis de prisão na capital amapaense.
Foto: PRF