25/12/2025

Alcolumbre avalia pedir cassação de Gayer por fala sobre “trisal” com Gleisi

Gayer fez uma postagem em que sugeria um "trisal" entre Alcolumbre, a ministra Gleisi Hoffmann e o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado de Gleisi - (crédito: Roque de Sá/Senado e Bruno Spada/Câmara)

Deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) também disse que Gleisi foi oferecida ao Congresso por Lula como “objeto sexual”

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse nesta quinta-feira (13/3) que avalia representar contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) na Comissão de Ética na Câmara. O motivo é uma postagem feita ontem que sugeria um “trisal” entre Alcolumbre, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado de Gleisi.

“Me veio a imagem da Gleisi, Lindbergh Farias e o Davi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo!”, disse Gustavo Gayer em uma postagem feita na quarta-feira (12) em seu perfil do X (antigo Twitter). O post foi apagado, mas governistas resgataram o tweet.

A onda de ataques de Gayer começou depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em uma cerimônia, que escolheu Gleisi Hoffmann para a SRI por ser uma “mulher bonita” com o objetivo de se aproximar dos presidentes da Câmara e do Senado. Eduardo Gayer, assim como outros integrantes da oposição, disseram que a fala foi machista.

“E aí Lindbergh Farias, vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP?? Sua esposa sendo humilhada pelo seu chefe e você vai ficar calado?”, perguntou Gayer em seu perfil no X na quarta-feira.

No plenário da Câmara, ainda na quarta, o deputado também se posicionou. “Faz duas horas e meia desde que a sessão começou, e a direita estava no plenário respeitosamente esperando que fosse feito um pronunciamento em defesa da ex-presidente do PT nacional, que foi humilhada, que foi desrespeitada pelo presidente da República, mas, por enquanto, não houve nenhum pronunciamento em defesa da ministra Gleisi Hoffmann”, afirmou.

E continuou: “Então, nós da Direita nos sentimos na obrigação de vir aqui e nos posicionar, prestando nossa solidariedade a uma mulher que foi tratada de forma tão desrespeitosa, como uma cafetina, por um cafetão, o Lula, Presidente da República, que praticamente a ofereceu como objeto sexual para poder fazer negociação com o Congresso”.

Já nesta quinta, depois de ter sido criticado pelas falas sobre Gleisi, Alcolumbre e Lindbergh, Gayer publicou um novo post. “Deixa eu ver se eu entendi. Lula humilha e trata a Gleisi como um objeto. Ninguém do PT sai em defesa dela. Eu saio em defesa da Geisi condenando a fala do LULA. Todo o PT parte pra cima de mim me acusando de machismo. É isso mesmo?”, questionou.

Gleisi defende Lula

Depois da repercussão das falas de Lula, a ministra Gleisi Hoffmann saiu em defesa do chefe nesta quinta-feira. Disse repudiar os ataques “canalhas” de “bolsonaristas, misóginos, machistas”. “Desprezam as mulheres. Não me intimidam nem me acuam. Oportunistas tentando desmerecer o presidente Lula”, disse em um post em seu perfil no X.

“Gestos são mais importantes que palavras. Não teve e não tem outro líder como o presidente Lula que mais empoderou as mulheres. Não é qualquer líder que ousa lançar a primeira mulher presidenta do país, a primeira mulher presidenta do PT, o que mais nomeou mulheres ministras, nas estatais (…) e em outros tantos lugares”, afirmou.

“Que moral vocês têm? Esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo? Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro”, completou Gleisi.

Tribuna Livre, com informações da Agência Senado.

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