Resultado foi divulgado na sexta-feira
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informou que não se trata de gripe aviária o caso investigado em uma propriedade no município de Montes Claros de Goiás, conforme laudo emitido pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa). O resultado foi divulgado na sexta-feira (13), mesmo dia em que foi confirmado o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – H5N1) em Goiás, em Santo Antônio da Barra.
Sobre o caso de Montes Claros de Goiás, morreram 35 galinhas e sete perus. Os animais estavam com asas caídas, dificuldade respiratória, secreção nasal, apatia, diarreia e mais e a notificação ocorreu na segunda-feira (9). Além da coleta e envio de amostras, “medidas de contenção foram adotadas imediatamente, em conformidade aos protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), incluindo proibição de trânsito de animais, restrição do acesso de pessoas e adoção de medidas de biossegurança”.
Em relação ao caso confirmado em Santo Antônio da Barra, cerca de 100 galinhas morreram em uma propriedade do município, que notificou à Agrodefesa também na segunda-feira. Os animais tinham sinais clínicos de apatia, dificuldade respiratória, diarreia, edema de face, entre outros. Presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos afirma que a confirmação de gripe aviária em aves de subsistência não afeta o status sanitário do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), uma vez que não envolve aves comerciais. Desta forma, ele reforça não haver comprometimento nas exportações de carnes e ovos.
“Mesmo sendo um caso isolado, sem impacto no comércio de produtos avícolas, a confirmação reforça a necessidade de intensificarmos as medidas de contenção e de vigilância. Já mobilizamos nossas equipes para atuarem na área afetada, com ações de controle sanitário, investigação epidemiológica e reforço das orientações à população. A Agrodefesa segue atenta e comprometida com a proteção da avicultura goiana”, declara. Segundo ele, a Influenza Aviária não representa risco à saúde humana, quando não há contato direto com aves doentes. Além disso, ressalta que o consumo de carne de aves e de ovos continua seguro para a população.
“Como parte do Plano Estadual de Contingência para a Influenza Aviária, a Agrodefesa já colocou em operação um Grupo Especial de Emergência Zoossanitária, com apoio de setores como segurança pública, Defesa Civil e prefeitura do município afetado. Uma equipe técnica da Agência estará no local para as atividades de vigilância e monitoramento. O foco do trabalho se concentra em ações imediatas e coordenadas para conter a disseminação do vírus, proteger a saúde animal e humana e preservar a produção avícola goiana”, informou a Agrodefesa.
Ainda segundo a pasta, as ações emergenciais emergenciais incluem a implantação de vigilância no raio de dez quilômetros ao redor do foco, com monitoramento intensivo do trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, restrição de movimentações e reforço nas barreiras sanitárias e suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas nas regiões afetadas. “O trabalho de educação sanitária também faz parte, por meio da conscientização de produtores, profissionais, imprensa e população local sobre os riscos e medidas de prevenção, além da necessidade de notificação em caso de suspeitas da doença.”
Vale citar que, em Goiânia, um caso suspeito, investigado após a morte de um cisne negro no zoológico, foi descartado.
Tribuna Livre, com informações da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa)