O deputado federal Nikolas Ferreira, do PL, diz que Lula deu entrevistas da prisão em 2018, enquanto Bolsonaro sofre censura
Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu nesta segunda-feira (21/7) a veiculação de áudios e vídeos de entrevistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) saiu em defesa do aliado e fez duras críticas ao que classificou como censura. O parlamentar comparou a atual situação do ex-presidente com a de Luiz Inácio Lula da Silva, preso em 2018, e afirmou que “a Venezuela já está aqui”.
Em suas redes sociais, Nikolas escreveu: “O Lula dava entrevista na cadeia… onde estão os defensores da democracia? A Venezuela já está aqui.”
Minutos depois, o deputado compartilhou outro print, desta vez de uma publicação do site do Instituto Lula, com o título: “Relembre todas as entrevistas de Lula na prisão.” A publicação trazia áudios, vídeos e textos das entrevistas concedidas por Lula durante o período em que esteve preso em Curitiba.
Antes mesmo da decisão de Moraes ser divulgada, Nikolas já havia se manifestado sobre outro desdobramento da investigação contra Bolsonaro. Ele comentou a perícia realizada em um pen drive apreendido na casa do ex-presidente, ironizando o resultado. “Os caras malucos pra achar uma prova de crime no pen drive do Bolsonaro, e no fim das contas tinha música e vídeos. Será que encontraria o mesmo em pen drives, computadores e celulares do Moraes? Só perguntei mesmo.”
No domingo à noite (20/7), Nikolas gravou um vídeo para criticar as medidas cautelares impostas pelo Supremo contra o ex-presidente, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. Segundo Nikolas, a pena máxima de 43 anos de prisão defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) seria desproporcional. “Só porque tem aí vários indícios, possibilidades, de golpe?”, questionou.
A decisão de Moraes determina a proibição de veiculação, retransmissão ou compartilhamento de qualquer tipo de conteúdo audiovisual com falas de Bolsonaro durante entrevistas concedidas no último fim de semana. Segundo o ministro, o conteúdo pode conter desinformação com potencial de influenciar investigações em curso.
Tribuna Livre, com informações das redes sociais