22/12/2025

Ipê-amarelo plantado em escola tombada do Núcleo Bandeirante encanta população

Árvore típica do Cerrado inspira redações e poesias dos estudantes, além de embelezar a unidade de ensino, tombada como patrimônio histórico | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Árvore foi semeada por uma professora na década de 1960 e se consolidou como um dos exemplares mais bonitos da capital

Imponente e delicado ao mesmo tempo, o ipê-amarelo do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, é um dos exemplares mais bonitos da capital e impressiona quem passa por ele. Plantado pela professora Clautenes Mourão nos primeiros anos da instituição, a árvore típica do Cerrado inspira redações e poesias dos estudantes, além de embelezar a unidade de ensino, tombada como patrimônio histórico do Distrito Federal em 1985.

O plantio da árvore compunha um projeto desenvolvido pela docente sobre a flora e a fauna brasiliense. Ao longo dos anos, ela tornou-se o principal símbolo da escola. Ainda hoje a florada amarelo-vivo é utilizada como tema para trabalhos educacionais, seja em biologia, para tratar das características da espécie, seja em português, em que a beleza das flores ganha destaque.

“O ipê é uma das coisas mais bonitas que a gente tem aqui. Quando ele floresce, a gente sente até que a escola fica mais amável, fica tudo mais legal”, afirma a estudante Maria Eduarda Vieira, 12 anos, que também reconhece a importância da unidade pioneira: “Me sinto honrada porque muitas pessoas queriam ter a oportunidade de estudar numa escola que tem tanta história assim, e o ipê também faz ela ser especial.”

De julho a setembro, a árvore serve tanto como mote para trabalhos acadêmicos como para cenário de fotografias e vídeos, já que é neste período que a copa se enche de cachos densos de flores amarelas, em formato tubular. “Vem todo mundo tirar foto para postar no Instagram. Às vezes a gente também vai lá do outro lado do muro, que tem uma pintura em homenagem à professora”, comenta a estudante Alice Oliveira, 13.


Desde 2013 no CEF Metropolitana, a pedagoga Bruna Sousa foi aluna de Clautenes e relembra como eram as atividades com a profissional. “Ela era uma professora que gostava muito de contar a história da vida dela e sempre tinha alguma com o ipê, porque, além dela ser aqui da escola, morava duas ruas aqui abaixo, era uma pioneira”, lembra. “Hoje eu trabalho aqui e me lembro muito dela, gosto muito daqui.”

Pioneira

Inaugurado em 20 de abril de 1959, o CEF Metropolitana foi reconhecido como patrimônio histórico do DF em 1985, após mobilização da comunidade. A unidade, criada para atender os filhos dos trabalhadores que ajudaram a construir Brasília, atualmente atende mais de 600 estudantes nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, em dois turnos — matutino e vespertino. Entre as unidades pioneiras, foi a única que manteve a estrutura original, com blocos de salas de aula em madeira e janelas em fita.

Segundo o vice-diretor da instituição, Luiz Kienteca, o prédio preserva não só a arquitetura, mas também as memórias de gerações que passaram por seus corredores. “Essa escola começou a ser construída em 1958 com o propósito de atender a demanda dos filhos dos mestres de obras, arquitetos e engenheiros. Começou a funcionar no ano seguinte. Somos anteriores a Brasília e, em abril deste ano, completamos 66 anos”, conta. “Temos como cartão-postal o nosso ipê, que representa a escola, que é amarela desde a construção.”

O ipê-amarelo pode ser prestigiado pela população do lado externo da unidade de ensino. Em homenagem à professora responsável pelo plantio, foi pintado um grafite no muro com os dizeres: “Valeu, professora Clautenes, pelo amor, dedicação e o ipê”. A instituição fica na Praça da Metropolitana, Rua 1, do Núcleo Bandeirante.

Tribuna Livre, com informações da Agência Brasília.

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