Wolney Queiroz disse que o governo não tem nada a temer e que é prerrogativa do Congresso escolher o presidente da comissão
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, minimizou nesta quarta-feira (20/8) a derrota sofrida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A oposição conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência da comissão.
“Sinceramente, eu não acompanhei esse assunto, mas acho que o Parlamento tem independência, soberania para escolher o seu presidente, seu relator. Nós não escolhemos como governo, a Previdência Social não escolhe quem será o relator ou o presidente”, disse Wolney Queiroz a jornalistas na Câmara.
O ministro foi à Casa Baixa para conversar com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) sobre o projeto de lei que estabelece o fim dos descontos de associações e sindicatos em benefícios do INSS. O projeto pode ser votado no plenário ainda nesta quarta.
Sobre a CPMI, no entanto, Wolney Queiroz disse que o governo está tranquilo. “O governo está à disposição, o governo não teme nada. O governo foi quem deflagrou essa operação. Fomos nós que chamamos a polícia. Foi o governo do presidente Lula que chamou a polícia”, pontuou.
Sua preocupação, no entanto, é o espaço que a oposição terá na CPMI para criar, segundo ele, “narrativas” utilizando mentiras contra o Executivo.
“Essa foi a minha preocupação. Quando eu fui ao Senado, fazia ali cinco ou seis dias que eu havia assumido o cargo de ministro e eu apontei essa preocupação nossa, de ter um cenário que fosse, digamos assim, manchado por essa briga de narrativas”, relembrou o ministro.
“Não importa se (as fraudes começaram) no governo passado, se foi neste governo. O que tem que se buscar são os responsáveis, levando em conta que no governo atual, nós desbaratamos aquela gangue. Nós desnudamos o assunto para a sociedade, vamos punir severamente aqueles responsáveis e estamos devolvendo o dinheiro de quem foi roubado e o governo depois vai buscar esse ressarcimento para si próprio”, frisou.
Tribuna Livre, com informações do Ministério da Previdência Social