Jovem teve uma reação alérgica em 2023
A Justiça Federal determinou e efetivou a transferência de R$ 156.074,88 para custear o tratamento de home care de Thaís Medeiros de Oliveira, 27 anos. A jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória após inalar pimenta em conserva em março de 2023. O valor, que já estava judicialmente bloqueado, foi liberado na quinta-feira (21) e repassado à empresa CaptaMed Cuidados Continuados Ltda., responsável pelo tratamento especializado.
O padrasto de Thaís, Sérgio Alves, explicou que a transferência garante seis meses de prestação de serviço. Após esse período, será necessário notificar a Justiça para que um novo bloqueio seja realizado, permitindo a continuidade do tratamento.
A família ainda não se reuniu formalmente com a equipe da CaptaMed. O encontro está previsto para segunda ou terça-feira (25 ou 26/08). Durante esse encontro, serão definidos todos os detalhes do serviço, e a expectativa é que o atendimento comece na quarta ou quinta-feira da próxima semana.
Relembre o caso de Thaís
No dia 17 de fevereiro de 2023, Thaís Medeiros de Oliveira estava na casa do então namorado em Anápolis, almoçando com a família, quando cheirou um pote de pimenta-bode em conserva e passou mal. Ela foi rapidamente levada à Santa Casa de Anápolis e, em seguida, transferida para Goiânia.
Thaís, que trabalhava como trancista, apresentou uma reação alérgica grave à pimenta. Ao chegar ao hospital, estava sem pulso e precisou ser reanimada. O incidente resultou em graves sequelas neurológicas, com diagnóstico de encefalopatia hipóxico-isquêmica severa. Atualmente, ela depende integralmente de cuidados médicos contínuos e especializados.
A interrupção temporária do home care, devido a questões administrativas, colocou sua vida em risco. A nova liberação judicial assegura a retomada do atendimento técnico necessário para sua estabilidade clínica.
O modelo de home care já havia se mostrado eficaz: em 2024, Thaís teve apenas três reinternações, um número baixo que comprova o sucesso do cuidado domiciliar especializado. Sua mãe, Adriana Medeiros, ressalta a importância do tratamento específico: “O home care não é um luxo, é o que mantém minha filha viva com dignidade”.
A família mantém campanhas nas redes sociais para arrecadar fundos complementares.
Tribuna Livre, com informações da Justiça Federal