Clínica funcionava sem alvará, em condições precárias e com relatos de agressões. Proprietários fugiram e são procurados pela polícia
Dois adolescentes e três idosos foram resgatados em condições de maus-tratos em uma clínica de reabilitação clandestina, identificada como Instituto Terapêutico Máximos, localizada em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O resgate ocorreu na sexta-feira (26), durante uma ação conjunta da Polícia Militar, Secretaria de Desenvolvimento Social e Conselho Tutelar. Segundo os relatos dos internos, eles eram mantidos trancados por vários dias em quartos, com acesso limitado a comida e água, além de sofrerem agressões físicas e verbais por parte dos responsáveis pela clínica.
O local, localizada no bairro Jardim Ingá, funcionava sem alvará, com estrutura precária e em condições de insalubridade. Segundo a PM, os responsáveis pela clínica fugiram ao perceberem a chegada das equipes, deixando os internos trancados e sozinhos. A situação gerou revolta entre os acolhidos, que chegaram a ameaçar os responsáveis antes da fuga. Em meio à tentativa de escapar, alguns conseguiram quebrar janelas e telhas, enquanto outros foram resgatados após os policiais arrombarem parte do muro da clínica.
Entre os resgatados estavam dois adolescentes. Um deles apresentava sinais de agressão e precisou ser encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Após a avaliação médica, ele foi acolhido pela rede de assistência social do município e deve ser encaminhado à família nos próximos dias. O outro jovem fugiu do local antes da chegada das equipes e ainda não foi localizado.
Os idosos foram encaminhados para avaliação médica e acolhimento provisório, enquanto as equipes tentam localizar seus familiares. Os órgãos de proteção envolvidos informaram que todos os resgatados recebem apoio social, psicológico e orientação adequada.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as responsabilidades e já procura os proprietários do local, que continuam foragidos.
O portal tentou contato com representantes do Instituto Terapêutico Máximos, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Militar, Secretaria de Desenvolvimento Social e Conselho Tutelar