As empresas envolvidas no desastre foram absolvidas pela Justiça em 2024 por falta de provas
O rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP em Mariana (MG), completa 10 anos nesta quarta-feira (5/11). A tragédia liberou cerca de 40 milhões de toneladas de rejeitos, causou 19 mortes e destruiu comunidades como Bento Rodrigues. A lama percorreu mais de 600 quilômetros até atingir o Espírito Santo.
Uma década depois, o processo de reparação segue na Justiça. Em 2024, governos federal e estaduais homologaram um novo acordo civil para indenizações e recuperação ambiental, enquanto ações internacionais seguem em andamento, incluindo um processo no Reino Unido que representa cerca de 620 mil atingidos.
Também no ano passado, a Justiça absolveu Samarco, Vale e BHP das acusações criminais, alegando falta de provas que estabeleçam a responsabilidade direta dos envolvidos. O Ministério Público Federal recorreu da decisão, argumentando que desastres dessa magnitude são resultado da atuação conjunta de estruturas corporativas e não apenas de condutas individuais.
O Movimento dos Atingidos por Barragens realizou, hoje, um ato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte(MG), com a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, e da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo.
Tribuna Livre, com informações do Movimento dos Atingidos por Barragens










