Nas 176 unidades básicas de saúde que compõem a rede do Distrito Federal, foram realizados mais de três milhões de procedimentos.
Os dados mais recentes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) revelam que, de 1º de janeiro a 31 de março de 2024, foram realizados 1.138.832 atendimentos na Atenção Primária à Saúde (APS). Dentre esses atendimentos, quase 630 mil foram realizados por enfermeiros e 475 mil por médicos.
A APS, considerada a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), desempenha um papel crucial como orientadora do cuidado, sendo o primeiro contato dos usuários com a rede de saúde pública. No que diz respeito aos procedimentos, foram realizados 3.097.498, com destaque para a aferição da pressão arterial, totalizando cerca de 674 mil procedimentos. Em relação à dengue, a APS foi responsável por 26,5% dos atendimentos, o que corresponde a 300,4 mil casos. Já em casos de síndrome gripal, foram prestados quase cem mil atendimentos.
Sandra França, coordenadora de Atenção Primária, destaca que esse nível de atenção deve pautar-se pelos princípios da universalidade, acessibilidade, continuidade do cuidado, integralidade da atenção, responsabilização, humanização e equidade.
A APS engloba a promoção e proteção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção do bem-estar. Seu objetivo é fornecer uma atenção integral que impacte positivamente na saúde das comunidades.
Segundo a coordenadora de APS da SES-DF, Sandra França, a APS é o ponto central de comunicação com toda a rede de saúde, atuando como organizadora do fluxo de serviços e seguindo princípios essenciais para seu bom funcionamento. “É um nível que deve se orientar pelos princípios da universalidade, acessibilidade, continuidade do cuidado, integralidade da atenção, responsabilização, humanização e equidade”, destaca.
Em termos de serviços, o aposentado Francisco Plácido, 69 anos, exemplifica a importância da APS. Após um ferimento no pé, ele recebeu tratamento em uma unidade de saúde complementar e, desde então, frequenta regularmente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para curativos devido à sua diabetes.
Na UBS, o curativo é realizado pela enfermeira Ceslen Cardoso, que há 13 anos trabalha na SES-DF. Entre os serviços oferecidos na UBS, o curativo é um dos mais importantes. Na APS, protocolos para o manejo e tratamento de diversas condições de saúde respaldam a atuação do profissional de enfermagem, permitindo o acolhimento, diagnóstico e tratamento adequados.
Conectado ao usuário está o médico de família e comunidade, que dá continuidade ao tratamento dentro da rede, decidindo para onde o paciente deve ir para receber a melhor assistência. Daniel Sabino, médico na área há 12 anos, destaca a importância de ver o paciente como um todo, considerando não apenas aspectos biológicos, mas também psicológicos, familiares e sociais.
Além de médicos e enfermeiros, outros profissionais desempenham um papel crucial na assistência. O agente comunitário de saúde (ACS) é o elo entre a comunidade e a UBS, realizando atividades como busca ativa por vacinas, acompanhamento de pacientes com diabetes e hipertensão, e notificação de casos de dengue.
Na gestão, o enfermeiro responsável técnico (ERT) garante o adequado funcionamento da enfermagem, organizando a equipe, garantindo o abastecimento de insumos e organizando capacitações.
O farmacêutico também desempenha um papel fundamental, indo além da dispensação de medicamentos, auxiliando no uso adequado de medicamentos e na busca por medicações, que às vezes são de Atenção Secundária.
Para acessar a Atenção Primária na SES-DF, os usuários devem procurar uma das 176 UBSs, cada uma atendendo a uma área específica. As equipes de Saúde da Família são responsáveis pelo cuidado das comunidades em seus territórios designados. Para encontrar a UBS de referência, basta consultar o Busca Saúde UBS.
Tribuna Livre, om informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)








