Embora o afastamento não tenha sido aprovado, a Câmara mantém uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para examinar a conduta do prefeito.
O prefeito está atualmente foragido da polícia após invadir a residência de sua ex-mulher e disparar pelo menos 15 tiros contra a porta do quarto onde ela se encontrava com o namorado no último sábado (18).
A oposição denuncia que a sessão da Câmara Municipal, que avaliou o pedido de afastamento, estava repleta de servidores comissionados da prefeitura, supostamente com o intuito de pressionar os vereadores para aprovar o requerimento contra Naçoitan Leite. O Ministério Público abriu uma investigação sobre o caso.
A vereadora Heb Keller (Republicanos), que apresentou o pedido de afastamento, viu sua proposta ser rejeitada após a leitura do parecer pelo vereador Frederico Rodrigues (PTB), que faz parte da base do prefeito. O documento, com parecer da procuradoria da Câmara Municipal, argumenta que o requerimento seria inconstitucional, uma decisão acatada pela presidência. A sessão teve de ser interrompida após a leitura.
A vereadora Vivian Specian (PT) destacou que, embora o regimento da Câmara Municipal não preveja explicitamente o afastamento do prefeito ou vice-prefeito, o plenário é soberano e tem o poder de tomar decisões.
“É uma situação excepcional. Atualmente, temos o prefeito foragido, o que é preocupante e tem impactos negativos em nosso município em diversos aspectos, políticos e econômicos. No entanto, é importante lembrar que aqui na Câmara Municipal, qualquer questão que não esteja prevista no regimento pode ser deliberada por nós, pois o plenário é soberano”, ressaltou a vereadora.
Apesar da rejeição do afastamento, a Câmara mantém uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para analisar a conduta do prefeito.
Tribuna Livre, com informações da Câmara Municipal de Iporá