O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classifica o assassinato como um ato “covarde”.
Em 20 de outubro de 2023, o juiz Paulo Torres Pereira da Silva foi tragicamente assassinado a tiros em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, qualificou esse ato como “covarde”.
Barroso também expressou seu apoio à investigação e punição dos responsáveis, em coordenação com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, e destacou o acompanhamento do CNJ para assegurar que a justiça seja feita.
A morte do magistrado foi tema de discussões entre Barroso, a governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Luiz Carlos de Barros Figueirêdo. O comunicado do CNJ ressalta que a apuração é de responsabilidade das autoridades locais, embora o conselho esteja monitorando o caso.
Raquel Lyra manifestou seu lamento nas redes sociais, assegurando que a Polícia Civil está empenhada em esclarecer prontamente o ocorrido, classificando-o como um episódio inaceitável de violência no estado.
O juiz Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, foi alvo de um ataque às 20h18 enquanto dirigia seu próprio veículo. Ele foi cercado por criminosos armados em um veículo vermelho que efetuaram vários disparos contra ele e fugiram. A vítima foi declarada morta quando uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local.
O veículo de Paulo colidiu com um muro no local do crime e foi encaminhado para a Unidade de Transporte e Oficina (Unitof) da Polícia Civil para análise. Segundo a polícia, o juiz foi atingido por um disparo na nuca, e nada foi roubado.
A família confirmou que o juiz costumava dirigir com as janelas abertas e frequentemente fazia caminhadas da sua casa, no bairro de Candeias, até a Praia do Paiva, no município vizinho de Cabo de Santo Agostinho. Uma das suspeitas é que o ataque ocorreu após uma dessas caminhadas.
Quatro indivíduos teriam abordado o magistrado, de acordo com relatos colhidos pela polícia. Eles estavam supostamente usando máscaras cirúrgicas, embora essa informação ainda não tenha sido confirmada.
Paulo Torres Pereira da Silva atuava na 21ª Vara Cível do Recife e era um magistrado com quase 34 anos de carreira. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) está colaborando com as autoridades policiais no esforço de esclarecimento do crime.
O Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre) repudiou o assassinato e pediu uma investigação rápida e rigorosa para identificar e responsabilizar os culpados.
A Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe) expressou pesar e indignação pela violência que levou à morte do magistrado e está acompanhando o caso junto às autoridades competentes.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Pernambuco adiou um ato de desagravo e manifestou pesar pela morte de Paulo Torres Pereira da Silva, exortando as autoridades a conduzir uma investigação eficiente e rápida.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) comunicou que está colaborando com as autoridades no esclarecimento do crime e na responsabilização dos autores.
Tribuna Livre, com informações do MPPE