Presidente americano fez várias críticas à ONU e convidou países a se juntarem aos EUA no enfrentamento de questões migratórias
O discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23/9) não apresentou exatamente uma visão global, mas palavras de alerta: sigam o exemplo dos EUA nas questões de imigração e energia, ou enfrentem a ruína.
A respeito da imigração, ele a chamou de “questão política número um do nosso tempo”.
Trump disse que as nações ocidentais estavam sendo destruídas pela imigração e acusou a ONU de apoiar o movimento transfronteiriço de pessoas por meio de sua ajuda a refugiados.
Ele também afirmou que as pessoas que construíram grandes nações — que “derramaram sangue, suor e lágrimas pelo seu país” — estavam sendo forçadas a arcar com o fardo de apoiar os recém-chegados.
Se os comentários de Trump sobre imigração soaram familiares, suas observações sobre o meio ambiente se destacaram pelo intenso escárnio.
Ele chamou a teoria das mudanças climáticas causadas pelo homem de “fraude”, “farsa” e “golpe”. Afirmou que o verdadeiro objetivo dessa agenda era corroer a capacidade industrial das nações desenvolvidas.
“Se vocês não se afastarem dessa farsa verde, seu país vai fracassar”, disse.
O presidente pareceu direcionar a maioria dos seus comentários à Europa, que ele disse amar.
Com muitos países europeus enfrentando o crescimento de movimentos populistas de direita, o discurso de Trump pode ser visto, antes de tudo, como uma tentativa de impulsionar as perspectivas de sua política no exterior.
“Vim aqui hoje estender a mão da liderança e da amizade americanas a qualquer nação nesta assembleia que esteja disposta a se juntar a nós na construção de um mundo mais seguro e próspero”, disse Trump já na metade de seu discurso.
Uma versão mais concisa disso poderia ser simplesmente: ‘ou é do meu jeito, ou nada feito’.
Tribuna Livre, com informações da BBC News