Com cerca de R$ 80 milhões investidos, GDF utilizou 150 mil toneladas de concreto para pavimentar os 26 km por onde passam mais de 100 motoristas todos os dias
A rodovia DF-095, conhecida como Via Estrutural e prestes a atingir meio século de existência, está à beira de uma reinauguração que a tornará mais moderna e apta a atender às expectativas dos mais de 100 mil motoristas que trafegam diariamente por seus 26 km. Após um ano de trabalho, essa via crucial do Distrito Federal passará por uma transformação significativa, substituindo todo o asfalto por pavimento rígido de concreto, marcando um marco ao ser a primeira do DF a adotar essa tecnologia em sua extensão completa.
O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu cerca de R$ 80 milhões, provenientes da Agência de Desenvolvimento (Terracap), para realizar esse projeto sob a supervisão do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). O propósito é assegurar uma maior mobilidade entre áreas-chave do DF, promovendo uma vida útil mais prolongada para o pavimento.
A DF-095 desempenha um papel crucial ao conectar algumas das maiores cidades do DF, servindo como a principal via entre o Plano Piloto e Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, Samambaia e Cidade Estrutural, estendendo-se até Águas Lindas de Goiás. Ao longo dos quase 50 anos de existência, a rodovia não passou por uma reconstrução asfáltica completa, resultando em desníveis e ondulações decorrentes de diversas intervenções de recapeamento ao longo do tempo.
A renovação da Via Estrutural envolveu a utilização de 150 mil toneladas de concreto, equivalente a aproximadamente 10 mil caminhões betoneiras. Os buracos e as irregularidades foram substituídos por um pavimento estruturado de concreto com espessura de 21 cm em cada sentido ao longo de 13 km. Prevê-se uma vida útil da pista em torno de 20 anos.
Fauzi Nacfur Junior, presidente do DER-DF, destacou a aplicação da tecnologia whitetopping, que envolve a colocação do concreto sobre o pavimento asfáltico existente, como uma estratégia para aumentar a durabilidade da via e reduzir os transtornos para a população. Após a liberação da pista, etapas adicionais incluirão a instalação de meios-fios, defensas metálicas, sinalização horizontal e vertical, além do plantio de grama.
Assim como outras obras de grande importância para a mobilidade do DF, como o Túnel Rei Pelé em Taguatinga e o Viaduto do Sudoeste, a renovação da Via Estrutural implicou alguns transtornos temporários, visando colher benefícios significativos para a população em um futuro próximo.
Tribuna Livre, com informações do DEF/DF