“A partir de agora é buscar, minimamente, a reparação dos
danos materiais, morais e lucros cessantes”, afirma Luna Provazio
(Foto: Ana Paula Belini – Mais Goiás)
Luna Provázio, advogada das goianas Jeanne Cristina
Paolini Pinho e Katyna Baía, que passaram cerca de um mês presas na Alemanha,
depois de ter a etiqueta de bagagem trocada por outra com drogas, esteve na
coletiva com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), nesta tarde de
segunda-feira (17). De acordo com ela, a Justiça ainda tem que ser feita.
“Liberdade e retorno foi apenas o primeiro passo. A
partir de agora é buscar, minimamente, a reparação dos danos materiais, morais
e lucros cessantes, pois ambas trabalham e ficaram sem exercer a profissão enquanto
estavam presas.”
Ainda conforme Luna, serão peticionadas ações contra
todos os atores envolvidos nesse caso, inclusive perante a Alemanha, levando o
caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. “Também faremos a queixa de
lesão ao direito a saúde de Katyna. Ela faz uso de medicamentos contínuos e
corria risco, pois não garantiram acesso correto aos remédios”, revela.
Elas foram soltas da prisão que estavam, em Frankfurt, no
último dia 11 de abril e chegaram ao Brasil na sexta-feira (14). Nesta segunda,
elas participaram de almoço com o governador Ronaldo Caiado no Palácio das
Esmeraldas. Segundo o gestor, elas viveram uma “injustiça impossível de
reparar”.
Relembre
As goianas tiveram as malas trocadas por uma organização
criminosa em uma área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em
Guarulhos. Ao chegarem em Frankfurt foram detidas no dia 5 de março.
Na último dia 10 de abril, Lorena Baía, irmã de Kátyna
Baía, viajou para Frankfurt junto com a mãe de Jeanne e uma advogada. O
objetivo era dar suporte às vítimas, ainda sem previsão de deixar a prisão.
Também naquela data, em coletiva de imprensa, o delegado
da Polícia Federal, Bruno Gama, reforçou que a corporação, por meio do
Ministério da Justiça, já tinha encaminhado as informações para a Justiça Alemã
da investigação comprovando o esquema de funcionários do Aeroporto
Internacional de Guarulhos para trocar a bagagem das passageiras por malas com
drogas.
Na semana anterior, segundo ele, seis pessoas foram
presas. Destas, algumas admitiram o crime. Os vídeos com as confissões também
foram enviados. A Polícia Federal continua a operação que abrange não o caso
específico das goianas, mas um grupo que atua no envio de drogas para o
exterior por meio de troca de bagagens.











