Ela também disse que não é verdade que seu cliente retornou ao local para dar mais facadas na vítima
Valéria Santos Mamede, advogada do professor e psicólogo do Instituto Federal de Goiás (IFG), Arthur Vinícius Silva Lima, 32 anos, preso em Catalão acusado de matar o músico Bruno Gama Duarte, 36, no último sábado (26), em Goiânia, afirmou que não houve premeditação e nem emboscada, e que eles se encontraram ao acaso no Bosque dos Buritis. Ela também alegou legítima defesa e negou a versão de uma testemunha de que o cliente dela teria retornado para desferir mais golpes de faca contra a vítima.
“No dia dos fatos, o Arthur se encontrou com Bruno no Parque dos Buritis por acaso, sendo agredido verbalmente e, em legítima defesa, utilizou um canivete para se defender de uma faca. Não houve premeditação ou emboscada, sendo a luta corporal uma reação imediata à agressão sofrida. A defesa vai impetrar pedidos de liberdade e provar a legítima defesa durante instrução do processo.” A advogada disse, ainda, que ele nem sabia que o cantor tinha falecido. Até o momento, Arthur ainda não havia passado por audiência de custódia.
Em boletim de ocorrência, consta que, após o confronto, o suspeito teria deixado o local e gritado para que não fosse seguido. No documento, não informação sobre um possível retorno. “O agressor prosseguiu com os golpes e, após a vítima aparentemente cessar os movimentos, o autor evadiu-se em direção à saída do parque, gritando para que ninguém o seguisse”, diz trecho.
Segundo o delegado Vinícius Teles afirmou, uma pessoa viu de perto o assassinato do músico e disse que Arthur, após desferir vários golpes de faca e a vítima ficar desfalecida, deixou o local, mas voltou, atingindo com mais três facadas o pescoço do cantor. Outras testemunhas prestarão depoimentos nesta semana na Delegacia de Investigação de Homicídios em Goiânia, que cuida do caso.
Sobre o crime
O psicólogo e professor universitário, de 32 anos, suspeito de matar o cantor Bruno Gama Duarte, 36, na noite de sábado (26), teria usado fotos da ex-namorada para atrair o músico ao Bosque dos Buritis, em Goiânia. A mulher teria um relacionamento com o artista.
O suspeito teria afirmado à corporação que não aceitava o fim do relacionamento e nem que a ex-companheira estivesse se relacionando com Bruno. Por esse motivo, decidiu se passar por ela e convencer a vítima a encontrá-lo. Testemunhas relataram que, antes do ataque, os dois discutiram em voz alta do lado de fora do parque.
Logo depois, o cantor foi visto correndo para dentro do Bosque, onde caiu ferido e morreu pouco tempo depois. O autor fugiu em um carro preto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, quando a equipe chegou, Bruno já estava sem vida.
A Guarda Civil Metropolitana também esteve no local. Bruno, que já atuava como cantor e era filho único, estava terminando sua graduação em Música pelo Instituto Federal de Goiás. Segundo a polícia, todo o crime foi premeditado, incluindo a estratégia para atrair a vítima, a rota de fuga e o uso de veículos planejados com antecedência.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil (GO)