Segundo Martin de Luca, a equipe do presidente brasileiro celebrou uma reunião que, na avaliação dele, não teve nenhuma utilidade prática: “Nunca tão pouco produziu tantas declarações de ‘grande progresso'”
A reunião entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ironizada pelo advogado do republicano, Martin De Luca. Representante das empresas Rubble e Trump Media — todas comandadas por Trump —, De Luca publicou série de postagens no X em que debocha do encontro entre os líderes de Estado.
“Infelizmente isso depende de Alexandre de Moraes, certo @LulaOficial??”, caçoou o advogado, ao compartilhar notícia do encontro ocorrido no domingo (26/10), fazendo referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), sancionado pelos EUA com a Lei Magnitsky.
Em outra postagem, De Luca ironizou o posicionamento do governo federal após a reunião entre os líderes. Segundo o defensor de Donald Trump, a equipe do líder petista celebrou um encontro que, na avaliação dele, não teve nenhuma utilidade prática.
“Após apenas 45 minutos com @realDonaldTrump, @LulaOficial e sua equipe deram meia dúzia de coletivas de imprensa em 12 horas. Nunca tão pouco produziu tantas declarações de ‘grande progresso’. Quando você está tão desesperado por validação, até voar 24 horas para uma sessão de fotos na Malásia se torna um ‘encontro histórico’. Papai (Trump) disse olá e Lula está comemorando como se tivesse acabado de vencer a Segunda Guerra Mundial”, debochou.
Ala bolsonarista critica Lula
Assim como o advogado de Trump, Martin de Luca, o encontro entre os dois líderes foi ironizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um deles foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), licenciado nos Estados Unidos, que diminuiu a importância da reunião.
“Lula encontra Trump e na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: Bolsonaro. Imagine o que foi tratado a portas fechadas?”, escreveu o filho de Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, em um dos posts.
Encontro de Lula e Trump
Os presidentes do Brasil e dos EUA reuniram-se no domingo (26), na Malásia, durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). A reunião durou 45 minutos e serviu para fortalecer as relações entre os dois países, enfraquecida durante o julgamento de Bolsonaro.
Um dia após o encontro, o presidente Lula demonstrou confiança em uma rápida resolução para as disputas comerciais entre os dois países. Segundo ele, negociadores de Brasil e EUA já receberam a missão de construir, nos próximos dias, as bases de um acordo “satisfatório” para equacionar as tarifas impostas às exportações brasileiras.
“Logo, logo não haverá problema entre Estados Unidos e Brasil. O que interessa numa mesa de negociação é o futuro, é o que você vai negociar para frente. A gente não quer confusão, a gente quer negociação. A gente não quer demora, quer resultado”, afirmou hoje o petista.
Tribuna Livre, com informações da rede social X










