Estado diz que tem feito “estudos de impacto” para desenvolver projeto de lei que vai contemplar as polícias de Goiás
Agentes da Polícia Civil, Penal e Técnico-Científica se mobilizam para uma manifestação em frente ao Palácio Pedro Ludovico para a tarde desta quinta-feira (19). A convocação foi feita pelos sindicatos representativos das categorias – Sinpol-GO (Sindicato dos Policiais Civis de Goiás), Sinsep (Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás) e Ugopoci (União Goiana dos Policiais Civis). O ato ocorre em protesto contra a ausência de garantias de que o governo de Goiás enviará ainda em 2024 as propostas de reestruturação de carreiras e pode marcar o ínicio de uma série de paralisações.
De acordo com o presidente do Sinpol, Renato Rick, o movimento é motivado pela frustração diante do descumprimento das promessas feitas pelo governo. “Há seis anos, desde o início do mandato do governador Ronaldo Caiado, temos buscado a valorização dos profissionais de segurança pública. Nossa carreira está em 18º lugar no ranking nacional e é a mais desvalorizada entre as forças de segurança do estado. Construímos uma proposta de consenso, aprovada pela categoria, mas agora, às vésperas do fim do ano legislativo, não vemos indícios de que o governo irá honrar sua parte”, afirmou
Rick destacou que a quebra do acordo pelo governo marca um ponto de inflexão na relação entre as categorias e o Executivo. “O sindicato sempre atuou com transparência e lealdade. Cumprimos todos os prazos, seguramos a categoria confiando na palavra do governo. Agora, diante desse cenário, precisamos deliberar com os policiais sobre como reagir a essa quebra de compromisso”, disse.
A Secretaria de Administração do Estado de Goiás, responsável pela negociação afirma que tem feito “estudos de impacto levando em consideração o contexto econômico e as exigências fiscais para o estado manter seu equilíbrio financeiro”.
Possíveis paralisações à vista
Durante a manifestação, serão debatidos os próximos passos das categorias, incluindo a possibilidade de paralisações e operações-padrão. “O nível de insatisfação é alto. Uma paralisação de 24 ou até 48 horas pode ser facilmente aprovada. Temos diversos artifícios para dificultar o trabalho nas delegacias, caso necessário”, alertou Rick.
Os sindicatos também apontam que a reestruturação de carreiras não é apenas uma questão de valorização, mas também de resolver problemas como progressões e promoções estagnadas. “O governo sinalizou recuo e isso nos coloca em uma posição de confronto. Queremos respostas claras e ação imediata para que as mudanças entrem em vigor a partir de janeiro de 2025”, concluiu o presidente do SINPOL.
Tribuna Livre, com informação do Sinpol-GO (Sindicato dos Policiais Civis de Goiás) e do Sinsep (Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás) e Ugopoci (União Goiana dos Policiais Civis).