Apesar das campanhas contra a superstição, a crença na feitiçaria continua sendo muito difundida nas áreas rurais
Agricultores espancaram uma família de cinco pessoas até a morte na Índia e jogaram seus corpos em um lago, acusando-os de “praticar bruxaria” após a morte de uma criança, informou a polícia nesta terça-feira (8/7).
Três pessoas foram presas e confessaram o crime, de acordo com uma declaração da polícia no estado de Bihar, no norte do país. Entre as vítimas estavam três mulheres, incluindo uma de 75 anos.
O principal acusado acredita que a morte recente de seu filho foi causada por um dos membros da família assassinados, a quem ele culpa por “praticar bruxaria”, segundo a declaração.
“Depois de espancar as vítimas até a morte, os agressores carregaram os corpos em um trator e os jogaram em um lago”, acrescentou a polícia.
Tanto os assassinos quanto as vítimas pertenciam à tribo Oraon em Bihar, o estado mais pobre da Índia, uma região predominantemente hindu com pelo menos 130 milhões de habitantes.
Apesar das campanhas contra a superstição, a crença na feitiçaria continua sendo muito difundida nas áreas rurais, especialmente em comunidades tribais isoladas.
Alguns estados, inclusive Bihar, promulgaram leis para tentar coibir crimes contra pessoas acusadas de bruxaria e superstição.
As mulheres são frequentemente rotuladas como bruxas e atacadas, mas o assassinato dessa família de cinco pessoas se destaca como um exemplo particularmente hediondo nos últimos tempos.
Mais de 1.500 pessoas – a grande maioria delas mulheres – foram mortas na Índia por suspeita de bruxaria entre 2010 e 2021, de acordo com o National Crime Records Bureau.
Alguns acreditam no ocultismo, mas às vezes os agressores também têm outros motivos, como tomar as terras ou propriedades das vítimas.
Tribuna Livre, com informações do Portal Google