O cenário político fluminense acompanha de perto o desdobramento do caso envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). Preso preventivamente sob a acusação de vazar informações sigilosas relacionadas à prisão do ex-deputado TH Joias, Bacellar aguarda a decisão crucial da Alerj sobre sua liberdade.
Nos corredores do poder, a expectativa é de que a assembleia vote favoravelmente à soltura do presidente. A dinâmica interna da Alerj sugere uma tendência de apoio à revogação da prisão, o que permitiria a Bacellar responder às acusações em liberdade.
Contudo, a batalha legal não termina com a possível decisão da Alerj. A palavra final sobre o afastamento de Rodrigo Bacellar do cargo permanece nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes, responsável pela ordem de prisão inicial, deverá avaliar se a manutenção de Bacellar na presidência da Alerj representa um risco para as investigações ou para a ordem pública.
A complexidade do caso reside na intersecção entre o poder legislativo estadual e a jurisdição do STF. A Alerj detém a prerrogativa de decidir sobre a liberdade de seus membros, mas o STF tem a autoridade para determinar o afastamento de um parlamentar do cargo, especialmente em casos que envolvam suspeitas de obstrução da Justiça ou outras condutas incompatíveis com a função pública.
A decisão de Moraes será crucial para definir o futuro político de Rodrigo Bacellar e para o funcionamento da Alerj. Caso o ministro determine o afastamento, a assembleia terá que escolher um novo presidente interino, o que poderá gerar tensões e disputas internas.
O caso de Bacellar reacende o debate sobre a imunidade parlamentar e os limites da atuação do poder judiciário em relação ao poder legislativo. A população acompanha atentamente os desdobramentos, ciente de que a decisão final terá impacto significativo na política do estado do Rio de Janeiro.
Fonte: iclnoticias.com.br











