Ministro preferiu evitar envolvimento direto para não prejudicar o nome do chefe da AGU, lembrando da própria experiência tensa no Senado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça decidiu manter distância das articulações políticas em torno da indicação de Jorge Messias — atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) — para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso na Corte. Embora Messias seja seu preferido entre os cotados, Mendonça avaliou que qualquer interferência direta poderia acabar atrapalhando o processo de aprovação no Senado.
Segundo interlocutores, Mendonça foi procurado por senadores aliados do Planalto que esperavam um gesto público de apoio ao jurista, mas o ministro optou pela discrição. O motivo, dizem, é estratégico: ele não esqueceu o desgaste vivido em 2021, quando aguardou por quatro meses a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), travada pelo então presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
A lembrança daquele impasse segue viva entre ministros e aliados do governo. Mendonça, indicado à época pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como o nome “terrivelmente evangélico” ao Supremo, enfrentou resistência política e uma longa espera até ser aprovado. Hoje, ele prefere não repetir o roteiro.
Mesmo sem se envolver diretamente, a simpatia de Mendonça por Jorge Messias é notória nos bastidores do STF. Os dois mantêm boa relação e compartilham visões institucionais semelhantes sobre o papel da Corte e da AGU.
Tribuna Livre, com informações do portal: https://acessepolitica.com.br











