O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou um estudo que analisa o perfil sociodemográfico das crianças com até 11 anos na capital.
Em comemoração ao Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, e como parte da série “Retratos Sociais DF 2021”, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou o perfil das crianças de até 11 anos na capital. Este estudo inclui análises relacionadas à saúde, educação, conectividade, características domiciliares e segurança alimentar.
De acordo com os dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), o Distrito Federal abrigava 465.193 crianças em 2021, o que equivale a 15,5% da população total de 3.010.881 habitantes. Destas, 60,8% tinham até 6 anos e 39,2% estavam na faixa etária de 7 a 11 anos. Além disso, 51,6% eram do sexo masculino e 48,4% do sexo feminino.
Quanto à distribuição por raça/cor, o estudo revelou que 55% das crianças são classificadas como negras. Quando analisadas de acordo com o estrato socioeconômico do Critério Brasil, observa-se que a proporção de crianças negras é maior na classe DE, com 69,8%. Na classe A, essa proporção é de 26,4%. A maior parte dessas crianças (72%) vivia em arranjos familiares do tipo casal com filhos, seguido por arranjos familiares monoparentais femininos (19,5%).
Na área da educação, 67,5% das crianças no DF estavam matriculadas em creche ou escola no momento da pesquisa Pdad 2021. As regiões administrativas com os maiores percentuais de crianças frequentando instituições de ensino formais (creche ou escola) foram Lago Sul (76,7%) e Guará (76,1%). Por outro lado, as regiões com os menores percentuais foram Sol Nascente/Pôr do Sol (56,5%) e Riacho Fundo (56,8%).
A maioria das crianças (71,1%) frequentava instituições de ensino da rede pública, e cerca de 22% delas estudavam fora da região administrativa de seu domicílio. Quanto ao meio de transporte utilizado para chegar à escola ou creche, 29% das crianças eram levadas de carro, 11,9% utilizavam transporte escolar privado, 7,9% usavam ônibus e 6,4% utilizavam transporte escolar público.
No aspecto da saúde, 71,7% das crianças no Distrito Federal não possuíam plano de saúde. Na classe A, esse número era de apenas 13,7%, enquanto na classe DE chegava a 97,8%. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) foram o serviço mais procurado quando as crianças necessitaram de atendimento de saúde (42%), seguido de consultórios particulares/clínicas privadas (13,1%) e farmácias (9%).
Quanto à conectividade, o estudo revelou que 99,25% das crianças acessaram a internet pelo menos duas vezes por semana nos três meses anteriores à pesquisa Pdad 2021. A maioria dos acessos foi para fins educacionais (65,2%), seguido de cultura e lazer (19,3%), informações (4,5%) e comunicação (0,6%).
Em relação à segurança alimentar, 64,5% das crianças no DF estavam em situação de segurança alimentar, 20,4% em situação de insegurança alimentar leve, 5,1% em insegurança alimentar moderada e 6% em situação de insegurança alimentar grave. Enquanto 72% das crianças não negras estavam em situação de segurança alimentar, esse percentual era de 60,2% entre as crianças negras.
Tribuna Livre, com informações Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)