Debate sobre calamidade na Saúde de Goiânia leva Clécio Alves e Talles Barreto a confronto verbal e paralisa trabalhos por dez minutos.
A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) desta quinta-feira (11) foi marcada por um intenso bate-boca entre os deputados Clécio Alves (Republicanos) e Talles Barreto (União Brasil). A discussão, que terminou em troca de insultos e suspensão da sessão, ocorreu durante a análise do pedido de prorrogação por mais 180 dias do estado de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia.
A tensão começou quando Clécio criticou a base governista por apoiar a prorrogação, alegando que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) já havia se manifestado anteriormente contra a medida. Ele também reclamou que um projeto de sua autoria, que suspendia o estado de calamidade, não avançou, enquanto a proposta favorável à manutenção teria sido rapidamente pautada.
Segundo o parlamentar, a votação teria sido acelerada por determinação da Presidência da Casa. “Essa Casa está virando uma vergonha nacional”, disparou, dirigindo-se ao líder do governo, Talles Barreto, que acompanhava em silêncio.
O clima se agravou após Clécio afirmar que o TCM — órgão para o qual, segundo ele, Barreto teria interesse em concorrer — não reconhece situação de calamidade nem na saúde nem no município. Em seguida, ao ouvir um comentário vindo da mesa, o deputado interrompeu a própria fala para confrontar o colega. Talles respondeu dizendo que conversava com um assessor, não com ele.
A troca de farpas escalou rapidamente. Clécio acusou o líder do governo de atuar como “funcionário do presidente da Casa”. Barreto reagiu chamando o colega de “chato”, sendo prontamente retribuído. O ápice ocorreu quando Clécio afirmou que Talles estaria “defendendo um prefeito vagabundo”, levando o líder do governo a retrucar: “Vagabundo é você”.
Os dois se levantaram e ameaçaram avançar um contra o outro, obrigando o presidente da CCJ, Amilton Filho (MDB), a suspender a sessão por dez minutos para conter os ânimos.
Tribuna Livre com informações da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).











