A inteligência artificial (IA) emergiu como um poderoso motor macroeconômico, com potencial para influenciar o crescimento, a produtividade e os mercados financeiros. Essa avaliação é compartilhada por diversas instituições financeiras, incluindo BCA Research, Barclays, Bank of America e JP Morgan, embora ressaltem a existência de riscos consideráveis.
A contribuição da IA para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA já se manifesta tanto no aumento do investimento empresarial quanto no ganho de eficiência observado em setores que adotam a automação em larga escala. A tecnologia gera um “efeito riqueza” a partir das empresas de tecnologia, impulsionando os mercados de ações e ampliando os fluxos de capital.
Apesar do impacto positivo nas contas nacionais, analistas alertam que a expansão da IA pode exercer pressão sobre o mercado de trabalho. Há sinais de uma realocação acelerada de funções administrativas e de suporte. Substituições parciais de trabalhadores por sistemas de IA tendem a se intensificar nos próximos meses.
A adoção da IA pelas empresas tende a ser assimétrica. Aquelas que investirem precocemente podem aumentar suas margens de lucro, enquanto as que demorarem podem perder competitividade rapidamente.
Os relatórios também expressam cautela. A valorização expressiva de empresas ligadas à IA pode estar antecipando expectativas em demasia, principalmente considerando o ritmo ainda incerto de monetização dos modelos avançados. Ganhos reais de produtividade coexistem com o risco de um otimismo excessivo.
A IA já exerce um impacto significativo na economia, mas sua trajetória futura permanece incerta. O avanço tecnológico convive com o receio de formação de uma bolha.
Fonte: olhardigital.com.br











