Essa medida possibilita a detecção de superaquecimento nos componentes elétricos, reforçando a segurança dos usuários do sistema.
Uma semana após o incidente que resultou no incêndio de um dos carros dos trens do Metrô-DF, o presidente da companhia, Handerson Cabral, detalhou as ações adotadas para fortalecer a segurança dos usuários do sistema.
“Nosso objetivo é alcançar uma conclusão que nos permita assegurar total segurança. Com base nisso, analisaremos se as medidas já implementadas são adequadas ou necessitam de ampliação”, afirmou Handerson Cabral, presidente do Metrô-DF.
Enquanto aguardam os laudos conclusivos das perícias realizadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil, a empresa iniciou o processo de contratação de uma perícia forense especializada, seguindo as orientações do Conselho Permanente de Segurança do Metrô (Copese), que também conduzirá uma análise e investigação detalhadas, entre outras medidas.
Algumas medidas preventivas já foram colocadas em prática, sob a recomendação e coordenação do Copese. Todos os trens da frota 1000, os mais antigos, passarão por inspeções e testes para identificar possíveis pontos de superaquecimento nos circuitos e painéis elétricos localizados nos armários elétricos e sancas dos carros dos trens. A termografia, utilizando câmeras térmicas, é empregada nesse processo, e intervenções corretivas são realizadas imediatamente em caso de identificação de superaquecimento.
A técnica de termografia em painel elétrico é uma abordagem preditiva que mapeia as condições do painel elétrico com base na emissão de radiação infravermelha, visando identificar pontos de calor. A termografia já está sendo aplicada nesse contexto desde a quinta-feira (18).
Além disso, o Metrô-DF submeteu oito dos 20 trens a inspeções visuais e medições de fuga de corrente nos capacitores, contatoras, relés e fiação dos painéis do Sistema de Ventilação. Essas ações, combinadas com a termografia, serão estendidas a toda a frota.
A empresa também está reforçando as orientações sobre o protocolo de atuação dos pilotos em situações de fumaça ou outras eventualidades que possam impactar o sistema. Handerson Cabral destacou que, no incidente anterior, o piloto seguiu rigorosamente os procedimentos, evitando qualquer exposição de risco aos usuários, mas ressaltou a importância de reforçar o treinamento.
O trem afetado pelo incêndio havia passado por todas as manutenções programadas, que incluem revisões gerais a cada três anos, manutenções bienais e outras intervenções mais frequentes a cada 45 dias. Handerson Cabral enfatizou o compromisso da empresa em garantir a segurança dos passageiros e anunciou a revisão contínua das medidas preventivas em andamento.
Tribuna Livre com informações do Metrô-DF








