O selo orgânico, motivo de orgulho e fonte de renda para as quebradeiras de coco babaçu do Maranhão, enfrenta uma grave ameaça. A produção artesanal e sustentável do óleo, extraído do coco babaçu, está sob risco iminente devido à crescente utilização de agrotóxicos pulverizados por via aérea, através de aviões e drones.
A prática de pulverização aérea, cada vez mais difundida, espalha os produtos químicos para além das áreas cultivadas, contaminando o solo, a água e, consequentemente, os cocos babaçu. A contaminação compromete a qualidade orgânica do óleo, colocando em xeque a certificação que garante o acesso a mercados mais exigentes e valoriza o produto.
As quebradeiras de coco babaçu, tradicionalmente mulheres que retiram seu sustento da coleta e processamento do coco, dependem da integridade do meio ambiente para manter sua atividade. A certificação orgânica é crucial para a viabilidade econômica da produção, permitindo que elas obtenham preços justos e competam com produtos convencionais.
A utilização indiscriminada de agrotóxicos representa um perigo não apenas para a produção orgânica, mas também para a saúde das comunidades locais e para a biodiversidade da região. Estudos apontam que a exposição a esses produtos químicos pode causar diversos problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias, neurológicas e até câncer.
A situação exige atenção urgente e medidas eficazes para proteger a produção orgânica, a saúde das comunidades e o meio ambiente. A fiscalização da aplicação de agrotóxicos e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis são passos essenciais para garantir a continuidade da atividade das quebradeiras de coco babaçu e a preservação do ecossistema. A busca por alternativas de controle de pragas que não envolvam o uso de produtos químicos é fundamental para assegurar um futuro mais saudável e sustentável para a região e para as comunidades que dependem do coco babaçu.
Fonte: iclnoticias.com.br











