A SES-GO emitiu um alerta epidemiológico para todos os municípios para reforçar a vigilância e prevenções
Após a morte de um macaco, em 25 de agosto, Goiás confirmou a circulação do vírus da febre amarela em Abadia de Goiás, nesta sexta-feira (5). A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) emitiu um alerta epidemiológico para todos os municípios para reforçar a vigilância e prevenções. O último caso da doença registrado no Estado foi em 2017.
No calendário básico infantil, a vacina é aplicada em duas doses: a primeira aos 9 meses e o reforço aos 4 anos. Para a população de 5 a 59 anos que ainda não se imunizou, a recomendação é a aplicação de dose única. Pessoas acima de 60 anos precisam de avaliação médica antes da aplicação. Apesar da disponibilidade da vacina, a cobertura vacinal em Goiás está em apenas 71,57%, bem abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Além da vacinação, outras formas de proteção, como evitar deslocamentos desnecessários para áreas de mata onde houve registro de macacos mortos ou doentes. Caso seja inevitável, a recomendação é utilizar roupas que cubram braços e pernas, além de repelentes, principalmente no início da manhã e no fim da tarde, horários em que os mosquitos transmissores estão mais ativos.
O que é a febre amarela?
A febre amarela é uma infecção viral transmitida por mosquitos silvestres, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Com evolução rápida e alta letalidade nas formas graves, a doença afeta tanto seres humanos quanto macacos.
Lembrando que os primatas não transmitem a doença, mas funcionam como importantes “sentinelas”, sinalizando a presença do vírus na região. A população deve compreender que eliminar macacos não interrompe o ciclo da febre amarela. Ao contrário, compromete o sistema de vigilância, já que a observação dos primatas permite identificar a circulação do vírus.
Os sintomas incluem febre alta, dores no corpo, cefaleia intensa, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, a doença pode evoluir para icterícia, hemorragias e comprometimento de órgãos como fígado e rins. Ao identificar os sinais, a orientação é procurar atendimento médico imediato.
Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO)