15/09/2025

Cirurgião se pronuncia após morte de empresária de Goianésia: “não houve negligência”

Empresária que morreu após cirurgia (Foto: Reprodução)

O médico manifestou pêsames à família e amigos

O médico que realizou o procedimento estético na empresária Fábia Portilho, que faleceu aos 52 anos devido a complicações supostamente provocadas em decorrência da cirurgia plástica, na última terça-feira (7), disse que lamenta o caso, em nota encaminhada ao Mais Goiás. Nelson Fernandes manifestou pêsames à família e aos amigos da paciente.

“Primeiramente, quero manifestar meus pêsames pela morte da Sra. Fábia Portilho e minha solidariedade aos familiares e amigos neste momento difícil”, destacou Fernandes. Ele explicou que realizou no último sábado (4), dois procedimentos estéticos na paciente. “Que transcorreram sem intercorrências”, salientou.

“A paciente não manifestou queixas em sua consulta de retorno pós-operatório, e sua recuperação estava ocorrendo dentro do esperado”, relembrou. No entanto, na última terça-feira (7), ela retornou ao Hospital apresentando “queixas que passaram a ser imediatamente investigadas.”

Fernandes destaca que a própria família da vítima optou por transferi-la de hospital. “Ressalto que, em nenhum momento, deixei de prestar assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas recomendadas pelo Conselho Regional de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, destacou.

Polícia investiga a morte

A Polícia Civil investiga a morte de uma empresária de Goianésia, 52 anos, na última terça-feira (7/5), após complicações de cirurgia plástica, em um hospital de Goiânia.

Fábia Portilho realizou operações de mamoplastia e lipoaspiração no Hospital Unique, em Goiânia, na última sexta-feira (3/5), mas passou por complicações quatro dias depois e não resistiu.

Após a operação, a empresária teria sentido fortes dores abdominais e voltou a procurar o hospital na última terça-feira (7). Segundo informações da família, ela teria solicitado internamento, mas a unidade de saúde não teria prosseguido com o atendimento. “Ela chegou gritando de dor”, relata um familiar.

A família da empresária, então, solicitou mudança de hospital, mas, segundo os parentes, houve demora de 3 horas para liberação do laudo médico. Fábia acabou morrendo após o quadro piorar.

O que diz o hospital

Em nota, o hospital em que ela fez as cirurgias disse que a paciente submeteu-se a dois procedimentos cirúrgicos, nas mamas e lipoaspiração, no último sábado, e que estava bem até terça-feira. De acordo com o texto, a família da empresária optou pela transferência para outro hospital.

“Após a cirurgia, ela teve alta no domingo, sem apresentar complicações aparentes durante o período pós-operatório. Na segunda-feira, a paciente relatou ao médico que se sentia em perfeito estado, durante retorno pós cirúrgico de rotina. No entanto, na terça-feira, relatou dores pelo corpo e foi encaminhada pelo cirurgião plástico ao Núcleo de Internação Cirúrgica (NIC) para avaliação e exames. Mas a família optou pela transferência para outro hospital”.

Leia a nota do médico na íntegra:

Primeiramente, quero manifestar meus pêsames pela morte da Sra. Fábia Portilho e minha solidariedade aos familiares e amigos neste momento difícil.

Diante das indagações da imprensa, esclareço que realizei dois procedimentos cirúrgicos na Sra. Fábia, no último sábado (4), que transcorreram sem intercorrências. A paciente não manifestou queixas em sua consulta de retorno pós-operatório, e sua recuperação estava ocorrendo dentro do esperado.

Na terça-feira, no entanto, a paciente compareceu ao Hospital, apresentando queixas que passaram a ser imediatamente investigadas. Porém, apesar do quadro de instabilidade apresentado, a família optou pela transferência para outro hospital.

Ressalto que, em nenhum momento, deixei de prestar assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas recomendadas pelo Conselho Regional de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Informações detalhadas sobre o prontuário da paciente não podem ser compartilhadas publicamente, devido ao sigilo médico e à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, mas estou à disposição da família para todos os esclarecimentos.

Prezar pela saúde e recuperação dos meus pacientes é prioridade absoluta em minha atuação médica, e o falecimento da Sra. Fábia me entristece profundamente.

Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil GO

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