16/08/2025

Com 37 anos de história, Eape fortalece a formação de educadores no DF

A rede pública de ensino do DF se destaca por oferecer um plano de carreira que valoriza a capacitação contínua | Foto: André Amendoeira/SEEDF

Cursos da Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação conectam professores ao cotidiano das escolas

Para formar estudantes e cidadãos conscientes e cheios de conhecimentos, é necessário um conjunto de elementos. Entre eles, o professor ocupa um papel central. Mas para que o educador exerça essa função com qualidade, é essencial que esteja constantemente atualizado, por meio de uma formação continuada que o capacite a enfrentar os desafios da educação contemporânea.

Neste domingo (10) o Distrito Federal celebra o Dia da Formação Continuada dos Profissionais da Educação, uma data que reforça o compromisso com a capacitação constante dos docentes. Na mesma data, a Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) completa 37 anos.

Criada em 1988, a Eape já ofereceu, apenas no primeiro semestre de 2025, 130 percursos formativos, 580 turmas e 21.700 vagas, com 12.522 educadores inscritos e 14 mil educadores sociais capacitados. As inscrições para os percursos formativos do segundo semestre de 2025 acabam hoje.

Referência

O Distrito Federal se destaca no Brasil por exigir formação superior de todos os seus professores, inclusive os temporários, e por oferecer um plano de carreira que valoriza a capacitação contínua. Esse cuidado coloca a rede pública do DF entre as mais qualificadas do país. A Eape é a responsável por planejar e executar essas formações, abrangendo não só os professores do magistério, mas também os servidores da assistência.

“Ao longo de mais de três décadas, a Eape tem formado e capacitado continuamente os educadores do Distrito Federal, oferecendo cursos que acompanham as transformações da sociedade e da própria educação. Entre os temas abordados estão a educação para a integridade (NaMoral), o combate à violência contra meninas e mulheres (Maria da Penha vai à Escola), os avanços tecnológicos e outros desafios contemporâneos. Essa atuação reforça o nosso compromisso em preparar os profissionais para lidar com questões complexas e promover uma educação mais inclusiva e eficaz”, destaca Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF.

Linair Moura Barros Martins, chefe da Eape, explica qual o diferencial de ter uma escola de formação dentro da própria rede de ensino: “Nossas formações são feitas por pares, por quem conhece o chão da escola e entende o território do DF. Isso faz toda a diferença, porque não é uma formação genérica, vinda de fora. Ela conversa com nossas necessidades, nossos desafios, nossos sonhos enquanto rede de ensino”.

Para Linair, a formação continuada é essencial para responder às novas demandas da sociedade — como o uso da inteligência artificial — e valorizar o educador. “É através dela que alcançamos a qualidade que buscamos na educação,” reforça.

Formações que transformam a escola

A Eape organiza suas ações em sete frentes: percurso, projeto Eape vai à Escola, afastamento remunerado para estudos, bolsa de estudos, pesquisa, estágio e revista Com Censo. No primeiro semestre, 19 oficinas atraíram 3 mil inscritos, mostrando a sede dos educadores por aprendizado. “Cada uma dessas ações é pensada para fortalecer o professor e, consequentemente, o aluno,” diz Linair.

No Núcleo de Formação Continuada dos Orientadores Educacionais, Gestão Educacional, Eixos Transversais e Carreira PPGE, Thaiane Ferreira lidera ações voltadas para letramento de gênero, letramento racial, equidade, inclusão e diversidade. “Nossas formações mudam as relações dentro da escola. Elas ajudam os professores a valorizarem as diferenças humanas, criando ambientes mais acolhedores e justos,” conta Thaiane.

Já Viviane Carrijo Volnei Pereira, chefe do Núcleo de Formação para as Etapas da Educação Básica, destaca o trabalho com grandes programas, como o Leitura e Escrita para Educação Infantil (Leei), o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, o Programa Distrital Escola para as Adolescências e a Política Nacional do Ensino Médio (Pnaem). “Coordenamos a formação para todas as etapas da educação básica, alinhados às políticas do MEC. Nosso foco é garantir que os professores estejam prontos para implementar esses programas com qualidade,” explica Viviane.

Patrícia Duarte, chefe do Núcleo de Formação para as Modalidades da Educação Básica, traz um olhar voltado para a inclusão e a inovação. “Nosso núcleo trabalha com a inclusão da pessoa com deficiência, a educação do campo, a Educação de Jovens e Adultos, e também com o programa Horizontes Digitais. Estamos criando um curso inovador sobre tecnologia e levando formações a polos mais próximos das escolas distantes,” ressalta Patricia. Esse esforço garante que todos, independentemente de onde estejam, tenham acesso a uma formação que transforma.

Tribuna Livre, com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)

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