‘Vibrações: Chorinho nas Escolas’ passou por instituições em Ceilândia, Brazlândia, Taguatinga, Sobradinho e Riacho Fundo II, atendendo cerca de 1,3 mil estudantes
Cerca de 1,3 mil estudantes de sete escolas públicas do Distrito Federal mergulharam na história de um dos principais gêneros da música popular brasileira: o chorinho. A imersão no ritmo, considerado patrimônio cultural imaterial do Brasil, ocorreu graças ao projeto “Vibrações: Chorinho nas Escolas”. As atividades foram promovidas com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF).
A primeira edição do projeto foi gravada em vídeo e reunida em um documentário, disponível no YouTube. Foram atendidas turmas do ensino fundamental, ensino médio e ensino para jovens e adultos de instituições de Ceilândia, Brazlândia, Taguatinga, Sobradinho e Riacho Fundo II.
A programação incluiu rodas formativas sobre chorinho e outros gêneros musicais, bate-papos e shows, nos meses de abril e maio. O projeto foi finalizado com um workshop no Clube do Choro. Os encontros contaram com a participação de nomes do cenário cultural brasiliense, para enriquecer ainda mais a experiência dos estudantes, como Leandro Tigrão, Fernanda Vitório, Mari Sardinha e a drag Dalila.
Dalila, inclusive, é performada pelo idealizador do projeto, Caio Handel. Segundo ele, a proposta é descentralizar o acesso ao chorinho, estilo importante para a cultura brasileira, mas ainda pouco presente no repertório das novas gerações. Os alunos aprenderam a história e as características do ritmo, além de terem conhecido chorinhos icônicos. Um deles foi Carinhoso, composto por Pixinguinha e João de Barro em 1917.
“Fizemos uma pesquisa no início e constatamos que a maioria nunca tinha ouvido falar sobre o chorinho. Já no final, tivemos um feedback muito legal, em que os estudantes contaram que gostaram muito das atividades e de aprender mais sobre esse gênero musical”, explica Handel.
Ele acrescenta que a presença de Dalila nas atividades impulsionou o interesse dos participantes. “Dalila é a primeira a tocar em uma roda de choro no Brasil e no mundo, e sua presença nas escolas gerou engajamento para nós, ainda mais em um contexto em que ela estava falando de música, tocando. E sem o FAC não teríamos conseguido tirar a ideia do papel, foi algo essencial”, pontua.
Tribuna livre, com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)