Em evento para anúncios da COP30, em Belém, a ministra do Meio Ambiente não comentou a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, mas cobrou respeito aos acordos da COP28
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cobrou nesta sexta-feira (14/2) que é preciso respeitar os acordos firmados na COP28 destacando a “transição para o fim dos combustíveis fósseis”. A fala ocorre em meio à pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela exploração na Foz do Rio Amazonas.
Lula e Marina participaram juntos de evento em Belém, no Pará, para anunciar investimentos federais voltados à COP30. A ministra, porém, não comentou sobre as críticas do petista ao Ibama, ou sobre a intenção do governo de aumentar a exploração de petróleo.
“Nós ficamos 33 anos discutindo, fazendo regras, criando estruturas. Agora não tem para onde fugir. E as decisões foram tomadas na COP28: triplicar a energia renovável, duplicar a eficiência energética e fazer a transição para o fim dos combustíveis fósseis”, discursou a ministra.
“Países produtores, países consumidores, países ricos à frente, países em desenvolvimento em seguida. E, ao mesmo tempo, de sermos capazes de fazer a transição justa, sobretudo para os mais vulneráveis, como pautou o presidente Lula no G20”, acrescentou Marina.
Pressão sobre Ibama abre questionamento sobre a COP30
A ministra do Meio Ambiente não comentou sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, ou sobre a pressão do presidente Lula sobre o Ibama para conceder a licença de perfuração para o Bloco 59, na costa do Amapá.
Em visita a Belém, Lula e uma comitiva de ministros visitaram as obras do Parque da Cidade, que vai sediar a COP30 em novembro e, anunciaram uma série de medidas, incluindo um financiamento de R$ 250 milhões para o governo do Pará, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES).
Tribuna Livre, com informações do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva,