09/11/2025

Com PEC da Blindagem e anistia, Motta ensaia afastamento de Alcolumbre

Presidentes do Senado Davi Alcolumbre e da Câmara, Hugo Motta.

Presidente da Câmara pautou propostas mesmo com sinalização de que o Senado não deseja votá-las. Motta também se afastou do Planalto

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou uma tentativa de desvinculação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ao pautar a PEC da Blindagem e avisar que também levará a plenário a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado. As duas propostas são polêmicas, e com altas chances de não prosperarem quando – e se – atravessarem o salão verde e chegarem ao salão azul, o do Senado.

Segundo interlocutores, o recado passado por Motta é que a pauta da Câmara andará independentemente das sinalizações do Senado. É um recado do deputado aos líderes da própria Casa, de quem se distanciou após momentos tensos como o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao aumento do número de parlamentares, o motim que ocupou o plenário e a derrota na escolha do presidente e do relator da CPMI do INSS.

Nessas ocasiões, líderes reclamaram que Motta preferiu conversar primeiro com o Planalto ou com Alcolumbre, ao invés de procurar os líderes e entender o que se passava na própria Casa. Essa postura mudou nos últimos dias. O diálogo do presidente da Câmara com os representantes de partidos que o elegeram se intensificou, com conversas o tempo inteiro para garantir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que dificulta investigações contra deputados e senadores.

 mal-estar com a oposição, que impôs um vexame a Motta ao impedí-lo de sentar-se à mesa do plenário durante o motim pró-anistia, o presidente da Câmara foi se aproximando paulatinamente de Lula. Tanto que o deputado foi a única autoridade de outro Poder a comparecer ao desfile de 7 de Setembro em Brasília, com o presidente da República.

Quando seu indicado à relatoria da CPMI do INSS foi derrotado numa silenciosa articulação bolsonarista com apoio de diversos partidos, Motta novamente procurou o Planalto. Nessa ocasião, o “golpe” contra o seu indicado chegou a ser discutido num jantar de presidentes de siglas do Centrão, seu próprio grupo político, na noite anterior, em Brasília.

Agora, a situação mudou. Foram pelo menos três reuniões de Motta com os líderes no rol da PEC da Blindagem e anistia, além de diversas conversas em reservado com caciques políticos mais próximos. Tudo isso sabendo que as sinalizações do Senado apontam para rejeição de ambas as propostas.

Tribuna Livre, com informações da Agência Câmara

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