Deputado Diego Coronel (PSD-BA) confirmou ao Correio que o órgão deve concluir análise sobre representações contra 14 deputados na próxima semana
A Corregedoria Parlamentar da Câmara deve decidir até a próxima quarta-feira (13) sobre eventuais punições aos deputados bolsonaristas que obstruíram os trabalhos da Casa ao longo da última semana. A informação foi confirmada ao Correio pelo responsável pelo órgão, o deputado Diego Coronel (PSD-BA).
A depender da análise, os casos vão parar na Comissão de Ética, onde os parlamentares podem sofrer punições, como a suspensão dos mandatos, por quebra de decoro parlamentar.
Na última quarta-feira (6), no segundo dia de ocupações na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu retomar o controle do plenário depois de uma reunião com líderes partidários e de conversas com representantes da oposição.
Avisou, naquele dia, que invocaria o Regimento Interno para punir quaisquer deputados que tentassem impedir os trabalhos.
Embora tenha sido exatamente o que fizeram alguns deputados de oposição, Motta decidiu em reunião com a Mesa Diretora na sexta-feira não punir ninguém imediatamente e optou por encaminhar as representações contra eles que já havia recebido.
Eis a lista dos deputados que podem ser punidos:
• Allan Garcês (PP-MA),
• Bia Kicis (PL-DF),
• Carlos Jordy (PL-RJ),
• Carol de Toni (PL-SC),
• Domingos Sávio (PL-MG),
• Julia Zanatta (PL-SC),
• Marcel Van Hattem (Novo-RS),
• Marco Feliciano (PL-SP),
• Marcos Polon (PL-MS),
• Nikolas Ferreira (PL-MG),
• Paulo Bilynskyj (PL-SP),
• Sóstenes Cavalcante (PL-RJ),
• Zucco (PL-RS);
• Zé Trovão (PL-SC).
Apoio do PL
O PL foi o partido com maior número de deputados com representações (foram 12) porque a maioria dos bolsonaristas que obstruíram os trabalhos integram a bancada da sigla na Câmara.
Chamou a atenção na última semana, no entanto, o silêncio do presidente Valdemar Costa Neto sobre o assunto, o que chegou a irritar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e ameaçou deixar o PL.
Neste sábado, no entanto, Valdemar publicou uma nota defendendo não só os deputados com representações como também a obstrução que fizeram.
“É importante esclarecer que as manifestações realizadas no plenário tiveram caráter pacífico e legítimo, com o objetivo de resgatar a discussão e a votação da pauta da anistia, bem como de reforçar a defesa da autonomia entre os Poderes”, afirmou.
“O PL expressa total apoio aos seus parlamentares, que agiram movidos pela responsabilidade de representar milhões de brasileiros que esperam que suas vozes sejam ouvidas. Confiamos no devido processo legal e nas instâncias competentes para que se reconheça a legitimidade de suas ações”, diz a nota publicada por Valdemar.
Tribuna Livre, com informações da Agência Câmara