De saída do PDT, o ex-presidenciável tem recebido convites de siglas para voltar a disputar o governo do Ceará
Em meio a negociações para a ida para o PSDB, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes também recebeu o convite para se filiar ao União Brasil, unido ao PP nesta semana em uma nova federação. A informação foi confirmada pelo presidente do partido, o Antonio Rueda, que informou que fez o convite há vinte dias e disse agora que espera uma resposta do aliado.
— Eu espero que ele vá, sim [para o União Brasil]. Fiz o convite há 20 dias. Agora temos que ver o que ele vai decidir — contou Rueda ao ser questionado pela reportagem sobre o assunto.
Nesta semana, Ciro esteve no evento que oficializou a federação União Progressista, na última terça-feira. Na ocasião, o ex-presidenciável defendeu a construção de uma aliança que vá da centro-esquerda à centrodireita para enfrentar o bloco governista e, nas palavras dele, “tirar o Brasil deste desastre”. —
Façam desse gesto, dessa iniciativa, um ato de gravitação universal. Ou seja, chame tudo que o brasileiro pode oferecer do centro-esquerda a centro-direita para nós tirarmos o Brasil deste desastre — disse o exgovernador ao criticar o desempenho da economia brasileira.
De saída do PDT, o ex-presidenciável também tem negociações descritas como avançadas para o PSDB. Apesar de o martelo não ter sido batido até o momento, os tucanos afirmam que o projeto é a candidatura ao governo do Ceará, desta vez como opção de voto para a base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O acordo para a candidatura, dizem dirigentes, passa também por impulsionar a eleição de deputados federais. Em 2022, o PSDB ficou sem nenhum parlamentar eleito pelo Ceará, unidade federativa governada por tucanos entre 1991 e 2007. Ciro Gomes, nas conversas recentes, ficou incumbido de turbinar até três nomes ao legislativo federal. A sigla evita falar, por ora, em voo presidencial, depois de o ex-ministro ter amargado o terceiro lugar no Ceará no primeiro turno na última corrida.
O provável embarque de Ciro marcaria uma rara adesão de um nome de peso ao PSDB nos últimos tempos. A tendência tem sido o oposto: outrora detentor de ampla capilaridade pelo país e de quadros de expressão da política nacional, o ninho tucano ficou ainda mais desguarnecido este ano com a saída dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Pernambuco, Raquel Lyra, ambos para o PSD ,além de Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, que se filiou na terça ao PP.
Correio de Santa Maria, com informações da Presidência do União Brasil