26/11/2025

Criadora de atriz de ia responde à críticas sobre futuro do trabalho

Divulgação/Particle6

A inteligência artificial (IA) continua a gerar debates acalorados, especialmente no que tange seu impacto no mercado de trabalho. Um exemplo recente que catalisou essa discussão foi a apresentação da atriz de IA, Tilly Norwood, cuja demonstração em vídeo viralizou no Instagram e outras plataformas. Eline van der Velden, fundadora e CEO da Particle6, empresa de mídia de IA responsável por Tilly, compartilhou o vídeo, provocando uma avalanche de reações.

A repercussão nas redes sociais evidenciou o receio de muitos em relação ao avanço da IA e seu potencial para substituir profissionais humanos. Comentários expressaram preocupações sobre a perda de empregos para atores reais, refletindo um sentimento generalizado de apreensão. Uma pesquisa revelou que 71% dos americanos acreditam que a IA eliminará postos de trabalho. Um relatório do Pew Research Center do ano anterior já indicava que mais da metade dos entrevistados preveem uma redução no número de vagas disponíveis com o avanço tecnológico.

Além de Tilly Norwood, o “artista” country Breaking Rust, também gerado por IA, alcançou o topo da Billboard, reacendendo o debate. As reações no YouTube variaram entre referências à Skynet, de “O Exterminador do Futuro”, e críticas à falta de “alma” na música criada por inteligência artificial.

Diante da polêmica, Eline van der Velden comentou sobre as reações mistas que a apresentação de Tilly Norwood gerou. Ela reconheceu que, embora houvesse muitos comentários positivos, a IA ainda é vista como algo assustador por muitos, principalmente devido à falta de conhecimento sobre o tema. Ela demonstrou surpresa com a intensidade da reação, especialmente após um lançamento discreto da atriz no Reino Unido. A questão ganhou força quando atores de Hollywood começaram a comentar sobre Norwood, transformando o assunto em tendência nas redes sociais.

Van der Velden ressaltou que o realismo de Tilly Norwood, superior a outras criações de IA, pode ter contribuído para a surpresa e o debate acalorado. Para ela, a personagem representa um avanço tecnológico significativo, impulsionado pela criatividade e pelo desenvolvimento técnico.

Durante o Web Summit, Van der Velden defendeu que o conteúdo gerado por IA pode coexistir com o conteúdo criado por humanos, comparando a IA a tecnologias como CGI ou filmes de animação. Ela argumenta que a questão central não são os vídeos gerados por computador, mas sim a apresentação de atores de IA como Tilly Norwood como alternativas aos humanos.

A questão da “alma” das criações de IA também foi abordada. Van der Velden enfatizou que a IA é uma ferramenta operada por humanos, e a equipe por trás de Tilly Norwood, composta por 15 pessoas, investiu seis meses na criação da personagem, com foco em limites éticos. Ela acredita que, embora a IA em si não possua alma, suas produções criativas podem se aproximar desse conceito.

Embora a questão de conferir direitos e privilégios a entidades de IA continue sendo um tema complexo, Eline van der Velden argumenta que Tilly Norwood elevou o padrão das criações de IA, abrindo espaço para a definição de um consenso sobre o uso e o impacto do conteúdo gerado por inteligência artificial.

Fonte: forbes.com.br

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