Após investigação da PCDF, o acusado
foi preso por vilipêndio de cadáver, documento falso e crimes de discriminação
e preconceito
O serralheiro Fellipe Alves, 22 anos, preso nesta
segunda-feira (17/4) por espalhar imagens de cantores famosos mortos,
apresentou documento falso durante a prisão.
No momento em que foi abordado por agentes da Polícia
Civil do DF (PCDF), ele mostrou o CPF de uma terceira pessoa. Fellipe foi preso
por vilipêndio de cadáver, documento falso e crimes de discriminação e
preconceito.
“O fato é concretamente grave e a prisão se mostra
necessária”, reiterou a juíza substituta do Núcleo de Audiências de Custódia
(NAC).
Para a magistrada, a conduta do autor retrata extrema
gravidade: “Foram localizadas publicações racistas e divulgação de imagens de
pessoas mortas, como da cantora Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Cristiano
Araújo”, disse.
Após audiência de custódia ocorrida no Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a juíza acolheu o pedido de
prisão preventiva feito pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos
(DRCC), da PCDF.
Após a decisão, o bandido foi encaminhado ao Centro de
Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele mantinha um
perfil no Twitter. A página disseminava arquivos de vídeo envolvendo acidentes
trágicos e tinha personalidades artísticas como vítimas. O autor chegava a
debochar das tragédias em postagens na rede social.
Fotos vazadas
O criminoso espalhava as imagens vazadas de laudos
periciais feitos em Institutos de Medicina Legal (IML). Cheias de ódio e
ironia, as publicações de Fellipe Alves zombavam de cantores como Gabriel
Diniz, morto em 2019, vítima de um acidente aéreo em Sergipe.
Ele publicou um vídeo com o corpo do artista boiando em
um rio e legendou: “Gabriel Diniz nadando”. Em outra postagem, Fellipe usou o
perfil para avisar aos seguidores que teria fotos dos corpos de Marília
Mendonça e de Cristiano Araújo. “Também tenho fotos dos Mamonas Assassinas.
Entrem em meu grupo no Telegram”, diz o rapaz. Ele foi preso no âmbito da
Operação Fenrir, deflagrada pela DRCC.
Ódio por Lula
Além de fazer chacota com a morte de uma série de
artistas, que tiveram suas imagens compartilhadas cruelmente depois de
falecidos, o criminoso fez posts destilando ódio contra o presidente Lula. “Um
gor3 que vou postar aqui com muita alegria é do Lula (sic).”