O Ministério da Fazenda divulgou os resultados da segunda fase do programa Desenrola Brasil, destinado à renegociação de dívidas. Conforme informado pela pasta, o leilão resultou em descontos totalizando R$ 126 bilhões, sendo R$ 59 bilhões para dívidas de até R$ 5 mil e R$ 68 bilhões para valores entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. A média geral de desconto alcançou 83%, destacando-se o maior desconto médio no caso das dívidas relacionadas a cartões de crédito, atingindo 96%.
Após a aplicação dos descontos, o volume financeiro passível de renegociação totaliza R$ 25 bilhões, com R$ 13 bilhões para dívidas de até R$ 5 mil e R$ 12 bilhões para dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. O número de contratos de dívida elegíveis para renegociação pode chegar a 60 milhões, sendo 51 milhões para dívidas de até R$ 5 mil e os outros 9 milhões para dívidas superiores a esse valor. Esta etapa do programa tem potencial para beneficiar 32 milhões de pessoas, das quais 21 milhões podem contar com a garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO).
O programa Desenrola será aberto ao público no início de outubro, com o lançamento de uma plataforma que permitirá a todos os interessados renegociar suas dívidas com descontos, oferecendo a opção de pagamento à vista ou parcelado em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Antes de acessar a plataforma, é necessário se cadastrar no GOV.BR e possuir contas com status prata ou ouro.
Durante uma coletiva de imprensa na qual apresentou o balanço do programa, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou satisfação com os resultados, descrevendo o programa como um “enorme sucesso”. Ele ressaltou que, combinado com outras condições econômicas favoráveis, o programa poderá contribuir para um quarto trimestre melhor do que o esperado. Haddad afirmou: ‘Com os descontos obtidos, alcançamos uma média de desconto de 83%. O programa pode ser considerado um enorme sucesso. Não esperávamos por esse resultado. R$ 151 bilhões foram reduzidos para R$ 25 bilhões. Esses dados são surpreendentes. Isso, juntamente com o aumento da renda, a queda do desemprego e da taxa de juros, que estamos observando, nos permite vislumbrar um quarto trimestre melhor do que o previsto’.
Tribuna Livre Brasil com informaçoes da JovemPan