Dos mais de 20 nomes apresentados e previstos pelas defesas do núcleo 2, apenas G. Dias e Ciro Nogueira compareceram e prestaram depoimento nesta quarta (16)
O terceiro dia de depoimentos das defesas no Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022, registrou baixa efetividade na audiência da Primeira Turma.
Das mais de 20 testemunhas indicadas pelos advogados dos réus do chamado ‘núcleo 2’ – grupo apontado pela Procuradoria-Geral da República como responsável por planejar e coordenar a trama golpista – apenas duas compareceram para depor. Foram ouvidos o general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI no governo Lula (PT), e o senador Ciro Nogueira (PL), ex-ministro do governo Bolsonaro.
A sessão foi esvaziada tanto pela ausência de depoentes quanto pelo indeferimento de pedidos. O ministro Alexandre de Moraes vetou depoimentos de figuras consideradas estratégicas pelas defesas, incluindo: senador Eduardo Girão (Novo-CE), deputado federal Marcel Van Hattem (PL-RS), ex-ministro Onyx Lorenzoni, ex-embaixador dos EUA no Brasil Todd Chapman e a ex-funcionária do Planalto Fabiana Tronenko.
Outras testemunhas, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o senador Rogério Marinho e a advogada Fernanda Januzzi, tiveram seus depoimentos dispensados a pedido das próprias defesas. No entanto, suas declarações ainda podem ser apresentadas por escrito.
Defesas têm menos de uma semana para remarcar depoimentos
Quatro testemunhas ainda podem ser ouvidas, se os advogados formalizarem um novo agendamento até a próxima segunda-feira (21). São elas: o ex-comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes; o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior; o delegado da Polícia Federal Fábio Shor; e o deputado e ex-ministro Eduardo Pazuello. A organização e o acionamento dessas oitivas são de responsabilidade das próprias defesas.
No total, mais de 100 pessoas devem ser ouvidas até o final de julho, incluindo testemunhas de acusação e defesa. A investigação do caso se baseia no depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que se tornou delator, além de documentos e materiais apreendidos em operações da Polícia Federal.
Tribuna Livre, com informações da Agência Brasil
