Para o parlamentar, Dino tem ultrapassado os limites de sua função como magistrado, agido politicamente de forma parcial e, na visão dele, “com viés persecutório aos adversários no Maranhão”.
Ele revelou que as ações do ministro têm causado instabilidade no mandato de Carlos Brandão (PSB-MA), sucessor de Dino no governo do Maranhão.
Entre as questões levantadas, Dr. Yglésio mencionou que Dino intensificou perseguições políticas depois de Brandão ter rejeitado imposições eleitorais em cidades como Colinas e Barreirinhas.
“Em Colinas, Dino tentou impor a candidatura do irmão de Márcio Jerry, mas foi derrotado. O grupo de Brandão venceu com ampla vantagem”, explicou à coluna Entrelinhas. Já em Barreirinhas, a tentativa de Dino de apoiar um aliado também fracassou, com a vitória do candidato do governador e da presidente da Assembleia, Iracema Vale.
Outro assunto abordado pelo parlamentar foi a disputa por uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo ele, o processo está parado há dez meses no gabinete de Dino, que, de acordo com relatos, condicionaria a análise a concessões políticas, como a volta de Felipe Camarão à Secretaria de Educação.
“Isso reflete o controle político que Dino ainda exerce mesmo fora do governo”, avaliou Yglésio.
A judicialização da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa foi outro exemplo citado pelo deputado como interferência de Dino. Ele afirmou que há relatos de articulações diretas do ministro do STF com deputados estaduais. “Há denúncias de reuniões em sua residência e articulações por videochamada para influenciar no resultado”, revelou.
Ações de Dino impactaram orçamento
Yglésio também criticou o impacto das ações do ministro no orçamento estadual. Ele destacou que a Lei Orçamentária Anual de 2025 está suspensa por decisão judicial, que, segundo o deputado, favorece aliados do ex-governador. “O Judiciário tem extrapolado sua função, violando o princípio da separação de Poderes”, afirmou.
O parlamentar argumentou que o Maranhão continua preso a práticas políticas populistas, mesmo com um líder mais moderado como Brandão.
Terceiro colocado na eleição para prefeito de São Luís, com apoio do ex-presidente Bolsonaro, Yglésio comentou: “A esquerda segue dominando a economia, as políticas públicas e até o ideológico nas escolas”. Ele atribuiu essa força à combinação do assistencialismo e do controle político, que, segundo ele, “mantêm o Estado preso ao subdesenvolvimento”.
Tribuna Livre, com informações do Portal 40 Graus