Distribuidoras apoiam projeto de lei do vereador Tião Peixoto que amplia horário até 4h59, mas sem atendimento presencial a partir de 0h
Um grupo de donos de distribuidoras de bebidas de Goiânia criou uma associação que vai lutar contra a lei que proibiu o funcionamento desses estabelecimentos comerciais após as 23h59, válida desde o dia 30 de julho de 2025. A Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego) deu os seus primeiros passos em reunião que aconteceu no dia 8 de outubro, da qual participaram 1600 pessoas. A aprovação do manifesto e a posse se deram no dia 20 de outubro. Franciely Gomes, secretária-geral da associação, afirma que a lei “marginalizou” as distribuidoras, na medida em que as culpou por crimes ocorridos na capital.
“Eles apresentaram um índice de homicídios que, segundo eles, aconteceram perto de distribuidoras. Nunca esteve claro para nós que critérios eles usaram para montar essa estatística, mas acabaram usando-na para justificar a medida”, afirma Franciely ao Mais Goiás.
A secretária-geral também critica a forma com que a Polícia Militar está fazendo abordagens nas distribuidoras. “Eles estão chegando sempre de forma autoritária, obrigando-nos a fechar antes da hora estabelecida no decreto. Nós temos prova do autoritarismo deles e não achamos correta a forma com que estão nos marginalizando”.
Novo horário
Embora a iniciativa de se criar uma associação seja recente, a articulação desses empresários no meio político já avançou. Um dos vereadores com quem Franciely e a presidente da associação, Adrielly Ferreira, conversam com mais frequência foi ao gabinete do prefeito Sandro Mabel pedir mudanças na lei. Segundo o vereador, Mabel incitou a categoria a ‘criar alternativas’.
Três vereadores propuseram horários novos de funcionamento para distribuidoras, mas só uma agradou e tem a chancela da associação recém-criada: a de Tião Peixoto (PSDB), que sugere autorizar a operação desses estabelecimentos até 4h59, mas com a proibição de consumo no local a partir da meia-noite. Ou seja: de 0h em diante, somente no sistema “compre e leve”.
As outras duas propostas são de Bruno Diniz, que defende funcionamento até 1h, e de Igor Franco, que propôs 2h da manhã. Franciely afirma que nenhuma delas contempla os interesses da associação, e que a de Igor sequer foi discutida com a categoria. “Eu vou inclusive à Câmara na terça-feira me inteirar a respeito disso, porque fomos pegos de surpresa”, afirma a secretária-geral.
Tribuna Livre, com informações da Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego






