Proposta será incluída em Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que está sendo construído em parceria com a Câmara Municipal de Goiânia
Na busca pelo direito de funcionar até 5h da manhã no sistema “compre e leve”, com retirada no balcão, distribuidoras de bebidas de Goiânia trabalham na redação de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no qual se comprometerão a honrar uma série de compromissos. Um deles é o de que todos os filiados à Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego) vão instalar um sistema de monitoramento com vídeo e áudio 24 horas. O outro é o de que as forças de segurança terão acesso imediato às imagens produzidas pelas câmeras quando for preciso, sem a necessidade de documentar o pedido.
Também deve estar no TAC a proposta de instalar um QR Code na porta de todas as distribuidoras, e esse QR Code levará à base de dados daquele estabelecimento. “O texto ainda está sendo redigido a várias mãos, com a participação da nossa assessoria jurídica e de representantes da Câmara Municipal de Goiânia”, afirmou Adrielly Ferreira, presidente da Adebego.
A ideia de se redigir o um TAC foi debatida nesta quarta na Câmara, enquanto a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovava o projeto do vereador Tião Peixoto (PSDB) que autoriza as distribuidoras a funcionar entre meia-noite e 5h no regime de retirada no balcão. Atualmente, vigora uma lei sancionada pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil) que só permite a operação do delivery a partir de meia-noite.
Queda na receita
A lei do prefeito Sandro Mabel que proibiu as distribuidoras de bebidas de funcionar em Goiânia depois das 23h59 fez com que a receita desses estabelecimentos caísse entre 55% e 60%. A estimativa é da Adebego. Franciely projeta ainda que houve diminuição de 30% na quantidade de pessoas empregadas no setor. “São números que mostram que muitas famílias foram vítimas dessa tentativa de nos marginalizar e de nos culpar pela criminalidade”, afirma.
A Adebego diz que existem hoje 3,5 mil distribuidoras com CNPJ regularizado em Goiânia, mas que esse número praticamente dobra se forem considerados os empresários que atuam na informalidade. Parte desses 3.500 se reuniu no dia 8 de outubro para instituir a associação e reivindicar direitos. A aprovação do manifesto e o ato de posse aconteceram 12 dias depois, em uma solenidade no auditório da Câmara Municipal.
Tribuna Livre, com informações da Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego)










