O Disque Denúncia do Rio de Janeiro divulgou uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura dele
A polícia do Rio de Janeiro confirmou que o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca da Penha” ou “Urso”, permanece foragido, mesmo após a megaoperação deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão na última terça-feira (28/10). O Disque Denúncia do estado do Rio de Janeiro divulgou uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura dele.
De acordo com as autoridades, Edgar Alves conseguiu fugir durante a ação policial. Doca escapou com auxílio de cerca de 70 comparsas armados, o que evidencia a força da estrutura de proteção dele, segundo a polícia.
Edgar Alves de Andrade tem 55 anos, é natural da cidade de Caiçara, na Paraíba, e foi criado no Rio de Janeiro. Ele coleciona dezenas de mandados de prisão por homicídios, tráfico de drogas e desaparecimentos, dentre eles o de crianças em Belford Roxo.
Em outubro de 2023, Doca foi apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de um quarto homem, na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio. As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras.
Com Doca ainda foragido, a investigação passa a reforçar bloqueios interestaduais e monitoramento de rotas de fuga, enquanto a recompensa e canais de denúncia anônima ganham destaque.
O valor de R$ 100 mil oferecido pelo Disque Denúncia iguala-se ao montante pago quando o criminoso Fernandinho BeiraMar estava foragido.
Megaoperação
A Operação Contenção, iniciada em 28 de outubro de 2025, concentrou-se nos territórios dominados por grupos armados nos complexos da Penha e do Alemão, visando desarticular o controle territorial da facção no Rio. Considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos, a ação mobilizou cerca de 2.500 policiais para cumprir mandados contra a cúpula do Comando Vermelho nos dois complexos.
Apesar disso, Doca manteve uma rota de fuga. Segundo a investigação, ele atravessou “o muro” formado pela polícia e se escondeu em local ainda não identificado pelas autoridades.
Durante a operação, houve intenso confronto, bloqueios em vias públicas, uso de drones e blindados pelas forças estaduais, além de mais de 100 mortos conforme levantamento da Defensoria Pública.
Tribuna Livre, com informações da polícia do Rio de Janeiro









