Moeda americana recuou a R$ 5,69 e Ibovespa subiu 1,79%, seguindo movimento global. Mercado mostra alívio com calmaria na Casa Branca
Os mercados de câmbio e ações voltaram a ter um bom desempenho nesta quinta-feira (24/4) no Brasil. O dólar fechou em queda de 0,47%, cotado a R$ 5,69, depois de atingir a mínima de R$ 5,66. Essa foi a quinta queda seguida da moeda americana. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), disparou. Ele registrou elevação de 1,79%, aos 134.580 pontos, o maior patamar de 2025.
Ambos os indicadores seguiram o embalo global, num dia da relativa calmaria no cenário externo. A moeda americana desvalorizou-se mundo afora. Por volta das 17 horas, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,68%, aos 99,23 pontos. Entre os países emergentes, o peso colombiano e o mexicano também avançavam frente a divisa dos Estados Unidos, com valorizações de, respectivamente, 0,98% e 0,14%.
recolheu a artilharia contra o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Ele também não fez novas ameaças com tarifas para produtos importados. Nos dois casos, repetiu o comportamento mais cauteloso registrado na véspera.
Nesta quinta-feira, o republicano voltou a afirmar que EUA e China mantêm negociações sobre a questão tarifária. Horas antes, contudo, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, havia declarado que “quaisquer relatos sobre avanços das negociações são infundados”.
Bolsas em alta
Nesse contexto, as Bolsas também subiram no mundo. Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de 17 países, terminou o dia com ganhos de 0,36%. Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 registrou leve alta de 0,05% e, em Frankfurt, o DAX subiu 0,47%. O CAC 40, de Paris, encerrou o pregão avançando 0,27%.
Em Nova York, prevaleceu o mesmo cenário. Os principais índices terminaram o dia no azul. O S&P 500 fechou em alta de 1,96%, o Dow Jones subiu 1,23% e o Nasdaq, que reúne a maior parte das grandes empresas de tecnologia, avançou 2,74%.
Alívio geral
“O mercado responde a recuos no posicionamento de Donald Trump tanto em relação às tarifas comerciais, indicando que há diálogos em andamento com a China, quanto a respeito da independência do Fed”, diz Paula Zogbi, gerente de pesquisa da Nomad. “O clima é de alívio, com uma perspectiva de que o pior da retórica em torno das tarifas pode ter ficado para trás, abrindo espaço para atitudes mais moderadas do governo.”
Na B3, das ações do Ibovespa, 72 delas fecharam em alta, seis mantiveram a estabilidade e somente nove caíram no pregão desta quinta-feira. O índice tem acumulado sucessivas elevações. Elas somam 3,32% no mês e
11,89% no ano. Ele também está a apenas 2% de alcançar a máxima histórica de 137.343 mil pontos de agosto de 2024.
Tribuna Livre, com informações do portal Metrópoles