Nas redes sociais, a mulher se apresentava como “ozonioterapeuta” e “terapeuta capilar”
Uma clínica de estética clandestina foi interditada e a proprietária, de 31 anos, presa em flagrante na manhã desta segunda-feira (13), no Setor Sudoeste, em Goiânia. A mulher realizava procedimentos médicos e terapêuticos invasivos como ozonioterapia, hemoterapia (retirada e reaplicação de sangue) e aplicação de botox sem possuir qualquer formação profissional habilitada.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária Municipal. Durante a fiscalização, os agentes encontraram equipamentos de ozonioterapia, seringas, produtos injetáveis, cosméticos vencidos, além de resíduos biológicos descartados junto ao lixo comum. Também foram apreendidos produtos sem registro na Anvisa e certificados de cursos on-line de curta duração, nenhum deles de nível superior ou reconhecido profissionalmente.
A clínica funcionava em uma residência comum sem fachada comercial. A fachada simples, decorada apenas com flores, escondia um ambiente improvisado que simulava um consultório. Segundo as investigações, o espaço se apresentava nas redes sociais como “estúdio de estética e saúde”, mas não possuía alvará sanitário nem licença de funcionamento.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela ação, nas redes sociais, a mulher se identificava como “ozonioterapeuta” e “terapeuta capilar”, onde publicava vídeos dos procedimentos e atraía clientes. Ela disse aos policiais que possuía apenas um curso on-line e que estava cursando biomedicina, o que, segundo a polícia, não a autorizava a realizar nenhum dos procedimentos anunciados.
A Vigilância Sanitária interditou o local e apreendeu todos os produtos e equipamentos utilizados. A responsável foi autuada em flagrante pelos crimes de exercício ilegal da medicina, prestação de serviço impróprio ao consumo e perigo à vida ou à saúde de outrem.
Tribuna Livre, com informações da Polícia Civil de Goiás